Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Antonio, Charline Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-11062013-172116/
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Resumo: |
Acinetobacter baumannii (Ab) é um dos principais agentes de infecção hospitalar, principalmente em Unidades de Terapia Intensiva (UTI). A principal característica da bactéria é a sua resistência intrínseca a diversos antimicrobianos, o que favorece sua persistência no ambiente hospitalar, causando infecções de difícil controle e tratamento. Nos esquemas terapêuticos, os antibióticos carbapenêmicos são os fármacos de escolha, porém nos últimos anos a resistência a estas drogas tem aumentado drasticamente em função da emergência e disseminação de cepas produtora de carbapenemases [i.e., oxacilinases (OXA) e metalo-beta-lactamases (MβL)]. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a produção de enzimas carbapenemases do tipo OXA e MβLs, em 36 amostras multirresistentes de A. baumannii, previamente triadas, provenientes de 8 hospitais brasileiros, durante 2004/2008. A caracterização fenotípica e genotípica dos isolados foi realizada por meio da determinação de CIM, hidrólise enzimática e PCR para pesquisa dos genes blaOXA e blaMβL, assim como seqüências de inserção (ISAba-1, ISAba-3) responsáveis pela mobilização dos determinantes de resistência do tipo blaOXA. Finalmente a análise da diversidade genética foi realizada por ERIC-PCR com análise de clusters por coeficiente de Dice. Todos os 36 isolados apresentaram 100% de resistência para imipenem (CIM90 > 64 µg/mL), meropenem, ceftazidima, ciprofloxacina e iperacilina/tazobactam, enquanto que os antibióticos com maior atividade in vitro foram a ampicilina/sulbactam (61,2%) > tobramicina (61,1%) > gentamicina (47,3%) > amicacina (28%). Em todos os isolados foi confirmada a presença intrínseca dos genes blaOXA-51 e ISAba-1, não apresentando colinearidade entre eles, enquanto que 41,6% dos isolados carregaram a combinação dos genes ISAba-1/blaOXA-23 (Genbank accession FJ628170), um isolado (2,7%) carregou a combinação de genes ISAba3/blaOXA-58/ISAba3 (Genbank accession FJ492877) e dois isolados (5,5%) clonalmente relacionados, carregaram o gene blaOXA-72 (Genbank accession FJ969387). Surpreendentemente, em um centro hospitalar foi documentada a presença de um surto de infecção por Ab produtor de OXA-23. Finalmente a tipagem epidemiológica dos isolados revelou a presença de 13 clusters, sendo que 8 diferentes clusters carregavam o gene blaOXA-23. Em resumo, nossos resultados confirmam a disseminação de cepas produtoras de OXA-23 associadas com ISAba-1 no Brasil, assim como a presença intrínseca do gene blaOXA-51 em Ab. Por outro lado, este é o primeiro relato de isolados carbapenem resistentes carregando os genes blaOXA-58 e blaOXA-72 em hospitais brasileiros, os quais aparentemente surgiram em 2004 e 2008, respectivamente. |