Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, João Camilo Rodrigues de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2141/tde-26092022-083324/
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Resumo: |
Dentre os atos do direito quiritário realizados por meio do bronze e da balança, a mancipatio é o que exerceu mais forte influência nos períodos posteriores do direito romano. Tal asserção é comprovada pelas reiteradas menções do ritual nas Institutas de Gaio, obra que contém diversas passagens nas quais a mancipatio é tratada como mecanismo formal destinado ao atingimento de variadas finalidades. Gaio a ilustra em termos de venda imaginária (imaginaria quaedam venditio), informação que ao somar-se à descrição de sua execução (a qual, segundo o jurisconsulto clássico, requeria a presença das partes alienante e adquirente, de cinco testemunhas e de um portador da balança, bem como a prolação de fórmulas solenes e a consecução de comportamentos ritualísticos), instiga o intérprete a investigar a possível existência de um arquétipo primigênio no qual tais elementos não seriam meros aparatos simbólicos, e que teria sofrido o influxo das transformações promovidas pelos jurisprudentes ao longo de centenas de anos, os quais a articularam às demandas jurídicas da civilização romana. Na primeira parte do trabalho disserta-se acerca das origens arcaicas da mancipatio, focalizando-se essencialmente nas hipóteses sobre as razões fundamentais que apartam as res mancipi das nec mancipi e nas origens, estrutura e função genética do rito; na segunda parte, perscruta-se pelo processo histórico multifacetado que transmutou o antigo arquétipo originário na conhecida estrutura simbólica que influenciou o ethos jurídico de diversos setores do direito privado romano. Nesse iter centenário é preciso destacar a importância e a polivalência das camadas de transformação que encaminharam o ritual para a qualificação gaiana de imaginaria venditio. |