O que eu falo não se escreve. E o que eu escrevo alguém fala? A variabilidade no uso do objeto anafórico na produção oral e escrita de aprendizes brasileiros de espanhol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Yokota, Rosa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-06112007-114658/
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo contribuir para o estudo das especificidades da aquisição / aprendizagem da língua espanhola por falantes adultos do português brasileiro. Nele, apresentamos um estudo que busca observar, compreender e explicar o uso do objeto direto anafórico na produção oral e escrita de aprendizes brasileiros universitários de espanhol como língua estrangeira. Buscamos embasamento teórico sobre a aquisição de línguas não-nativas, sobre o lugar da língua materna na aquisição de línguas estrangeiras e sobre o objeto direto no português brasileiro e no espanhol. As amostras de produção oral e escrita utilizadas foram coletadas durante aulas de espanhol como língua estrangeira de um curso livre ministrado dentro da Universidade de São Paulo. Elas revelaram que, assim como na língua materna e na língua alvo, há grande variabilidade na produção não-nativa em espanhol no que se refere à omissão, ao preenchimento e às formas de preenchimento do objeto direto anafórico. Mesmo assim, foi possível identificar tendências nessa produção que apontam para a possibilidade de reestruturação da gramática não-nativa, mostram a importância da instrução no caso do espanhol como língua estrangeira e revelam que características próprias da produção oral e escrita em espanhol como língua estrangeira se relacionam não só com a competência lingüística, mas com a experiência de usuário e aprendiz da própria língua materna, bem como com a realidade sócio-econômica e cultural dos aprendizes e suas perspectivas de utilização da língua aprendida, que afetam a sua motivação.