Objeto direto anafórico de 3ª pessoa na fala culta de Salvador: o clítico em desuso.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Neiva, Nordélia Costa
Orientador(a): Cardoso, Suzana Alice Marcelino da Silva
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11035
Resumo: A presente dissertação analisa as formas recorrentes para o objeto direto anafórico na fala culta de Salvador, buscando focalizar o desaparecimento do clítico e o conseqüente crescimento do registro da categoria vazia e dos SNs anafóricos, observando também a pouca freqüência de uso do pronome lexical pleno, neste tipo de discurso. Ressalta-se o quanto o português do Brasil mostra-se distinto do português de Portugal, em que o uso do ele, como objeto direto é uma construção agramatical e o uso da categoria vazia ocorre, mas de forma bastante tímida, como mostra Galves (2001). O corpus básico utilizado neste trabalho é constituído de 24 inquéritos do Projeto da Norma Lingüística Urbana Culta (Projeto NURC), na cidade do Salvador, selecionados, segundo variáveis sociais (sexo, faixa etária, nível de formalidade do discurso e época de realização dos inquéritos), levando em conta que a variação lingüística é condicionada por fatores estruturais e sociais. Nesse aspecto, defendemos uma análise do uso real da língua, em detrimento da visão idealizada, presente nas gramáticas normativas. A proposta, ora apresentada, pauta-se nos princípios teóricos da Sociolingüística Variacionista que tem como precursor o americano William Labov, como bem explicita Tarallo (1985).