Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Trajano, Cirlei Mota
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Orientador(a): |
Santos, Angela Marina Bravin dos
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Banca de defesa: |
Santos, Angela Marina Bravin dos,
Moraes, Deise,
Freire, Gilson Costa |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/15441
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Resumo: |
Segundo pesquisas recentes na área da Sociolinguística Variacionista, há quatro realizações possíveis de retomada do objeto direto anafórico de 3ª pessoa no português brasileiro: pelo a) clítico acusativo (o, os, a, as), prescrito pela gramática normativa, b) pronome lexical (ele, eles, ela, elas), c) Sintagma nominal anafórico (Sintagma nominal lexical idêntico com determinante ou complemento modificado, ou por expressão sinônima, ou por pronome demonstrativo isso ou aquilo) e d) objeto nulo (representado no texto pela elipse do objeto referente). Esta pesquisa apresenta uma proposta de mediação didática para um trabalho mais sistemático sobre o emprego dessas variantes em uma turma multisseriada, que compreende a terceira e quarta fases da Educação de Jovens e Adultos da Escola Municipal Áurea Pires da Gama, situada no município de Angra dos Reis. O objetivo principal deste trabalho é contribuir para um ensino de gramática que leve em conta as variantes da língua com base em atividades didáticas que possibilitem ao aluno lidar com as estratégias de retomada anafórica do objeto direto de 3ª pessoa, levando em conta o evento linguístico em que está inserido. Busca-se, dessa forma, ampliar sua competência comunicativa, tanto na escrita quanto na fala. A metodologia utilizada no trabalho foi a da pesquisa-ação, proposta por Tripp (2005) e Thiollent, (2009) associada à abordagem didática da aprendizagem colaborativa de Behrens (2013) e Moran (2000). Essa associação direcionou as atividades que tiveram como ponto de partida um diagnóstico sobre o uso dessa categoria linguística em diferentes gêneros textuais produzidos pelos alunos envolvidos com a pesquisa. Apresentaram-se resultados dos estudos variacionistas de Omena (1978), Duarte (1986), Cyrino (1994), Freire (2000, 2005), entre outros, que retratam o real uso das estratégias do objeto direto anafórico de 3ª pessoa no português brasileiro, a fim de defender um ensino de gramática baseado na reflexão sobre o uso dessas estratégias a partir de atividades de análise linguística. Para isso, buscou-se usar como referencial teórico as contribuições de autores como Geraldi (1984, 1996), Travaglia (2009), Saviani (1997), Magda Soares (1998), Koch e Elias (2013, 2015), Cavalcante (2010), Marcuschi (2002). Foi observado, por um lado, que a mediação influenciou o uso do clítico acusativo como elemento de retomada do objeto direto anafórico de 3ª pessoa, que se mostrou pouco frequente nos textos produzidos na fase diagnóstica; porém, mais utilizado nos textos desenvolvidos na fase final da mediação. Por outro lado, verificou-se, nessa etapa, diminuição, comparando-se aos resultados da diagnose, do uso do pronome nominativo. Quanto ao objeto direto nulo, os resultados obtidos ao término da proposta apontam número elevado dessa estratégia, bem mais do que se observou nos textos desenvolvidos no período do diagnóstico. Revela-se, quanto a essa variante, uma situação semelhante à constatada pelas principais pesquisas e estudos atuais acerca desse tema. |