Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Silva, Maria Cristina Vieira de Figueiredo |
Orientador(a): |
Ramacciotti, Dante Eustachio Lucchesi |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Letras e Linguística da UFBA
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/11610
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Resumo: |
Esta dissertação analisa, numa perspectiva sociolingüística, as estratégias de realização do objeto direto anafórico no dialeto rural afro-brasileiro, focalizando as variantes que distanciam o português do Brasil (PB) e o português europeu (PE): a categoria vazia e o uso do pronome lexical (ele/ela). Parte-se do pressuposto de que as diferenças existentes entre o PB e o PE se devem, não só a motivações internas à estrutura da língua, mas, principalmente, a motivações externas (sócio-históricas) decorrentes do contato entre línguas ocorrido, quando no Brasil conviveram os portugueses, os índios e os negros trazidos da África como escravos. Buscando avaliar o quanto o contato entre línguas afetou o desenvolvimento histórico da língua portuguesa no Brasil, o foco da pesquisa dirige-se para as comunidades rurais afrobrasileiras isoladas, do interior do Estado da Bahia. Por terem-se mantido até bem recentemente em relativo isolamento, tais comunidades devem guardar não só costumes culturais bastante antigos, mas também padrões lingüísticos, que permitam encontrar evidências de processos de variação e mudança resultantes do contato entre línguas. Dessa forma, o corpus analisado reuniu quatro comunidades localizadas em regiões diversas do Estado da Bahia, em que houve grande concentração de mão-de-obra escrava, a saber: Helvécia, no extremo-sul da Bahia; Rio de Contas, na Chapada Diamantina; Cinzento, no semi-árido; e Sapé, no Recôncavo Baiano. |