Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Rodrigo Figueiredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-28082023-093527/
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Resumo: |
A Mata Atlântica merece destaque entre as formações florestais brasileiras por possuir grande diversidade e endemismo. Contudo, este bioma se encontra restrito a pequenos fragmentos florestais com elevado grau de alteração. Diversos fatores contribuem para a remoção dessa vegetação, dentre os quais destacam-se: a falta de conhecimento sobre a importância das suas funções básicas; ausência de uma política ambiental e agrícola integrada; e a falta de fiscalização do cumprimento da legislação ambiental vigente. Neste sentido, o objetivo da pesquisa foi avaliar o efeito de diferentes larguras de mata ripária na estrutura e funcionamento desses fragmentos florestais ao longo da bacia do rio Corumbataí SP. O estudo foi conduzido na bacia do rio Corumbataí -SP. As florestas ripárias foram agrupadas em dois grupos ( 30m e >30 m), sendo selecionados 10 fragmentos (P10, P15, P20, P23, P25, P51, P60, P72, P120, P175) distribuídos dentro da bacia do ribeirão Monjolo Grande. Foram avaliados os seguintes itens: i) teor e estoque de C, N e P no solo e na serapilheira depositada ii) a decomposição da serapilheira iii) a composição isotópica de 13C e 15N da serapilheira e do solo iv) estimativa da biomassa acima do solo, assim como os estoques de C, N e P na biomassa v) estrutura florestal (DAP, Altura, Volume e Área Basal) e vi) fitossociologia. As amostras de solo foram coletadas nas profundidades 0-10, 10-20 e 20-30 cm. A deposição mensal de folhas foi quantificada por meio da instalação de cinco coletores circulares (2800 cm2) por plot amostral e os folhedos depositados dentro de cada coletor foram coletados a cada 15 dias, durante o período de 12 meses. A decomposição da serapilheira foi avaliada pela técnica dos Litter bags e a massa remanescente calculada após 365 dias de experimento. A biomassa acima do solo foi estimada por meio de uma equação alométrica Pantropical e os estoques de C, N e P foram obtidos através da multiplicação dos teores obtidos pela biomassa aérea. Os parâmetros fitossociológicos avaliados foram: Número de indivíduos (N), Densidade Relativa (DeR), Dominância Relativa (DoR), Frequência Relativa (FR), Índice de Valor de Importância (IVI), Valor de Importância (VI%), Índice de Valor de Cobertura (IVC) e Valor de Cobertura (VC%). De modo geral, os maiores estoques de C, N e P no solo foram obtidos nas florestas com largura >30m (Carbono: P120 = 65,3 Mg ha-¹; Nitrogênio e Fósforo: P72 = 5,6 Mg ha-¹ e 17 kg ha-¹). A deposição de serapilheira foi maior no P51 (14,1 Mg ha-¹), tendo a fração folhas como a principal componente da serapilheira depositada em todos os pontos. Os estoques de C e P na serapilheira foram maiores no P51(Carbono: 6,2 Mg ha-¹ e Fósforo: 12 kg ha-¹) e N no P25 (0,28 Mg ha-¹). A decomposição foi superior no P10, apresentando menor massa remanescente (42,9%) após um ano. A biomassa acima do solo foi maior no P60 (98 Mg ha-¹) e menor no P10 (24 Mg ha-¹) e os estoques de C, N e P foram maiores nos pontos P60 (C = 82 Mg ha-¹, N = 0,6 Mg ha-¹ e P = 30,6 kg ha-¹). A distribuição diamétrica dos indivíduos seguiu o padrão exponencial negativo (Jinvertido) e a composição florística das áreas foi dominada por espécies pioneiras e secundárias iniciais, e em alguns pontos com baixo índice de diversidade (H) |