Polimorfismos da região promotora do gene HLA-G e níveis plasmáticos da molécula HLA-G em pacientes com esclerose múltipla, responsivos ou não ao uso de drogas modificadoras de doença

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Moreira, Alvaro José Porto
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HLA
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-26072024-135934/
Resumo: A esclerose múltipla (EM) é uma doença autoimune, desmielinizante e neurodegenerativa do sistema nervoso central. O tratamento é realizado, na maioria dos casos, com interferon-β (INF-β), mas também com outras drogas modificadoras de doença (DMD). O antígeno leucocitário humano G (HLA-G) tem atividade imunomoduladora, inibindo a atividade de células da imunidade inata e da adquirida. A região promotora do gene HLA-G contém sítios polimórficos adjacentes a diversos elementos controladores da transcrição, incluindo dentre outros, os interferons (INF), que modulam a produção de HLA-G. Neste estudo, avaliamos os polimorfismos da região promotora do gene do HLA-G e os níveis solúveis de HLA-G (sHLA-G) no plasma de pacientes com EM, seguidos no Serviço de Neurologia do Hospital da Restauração, em Recife, de janeiro de 2018 a janeiro de 2022, tratados com DMD (INF-β e outras), responsivos ou não a esses tratamentos. Dos 146 pacientes avaliados (110 mulheres, 42±12 anos), a maioria (n=110) usava INF-β, sendo 68 responsivos e 42 não responsivos. A forma predominante da EM foi remitente-recorrente (83,6%), com média de 2,29 surtos e taxa anualizada de surtos de 1,46±1,5 surtos/ano. A média de surtos foi significantemente maior nos pacientes não respondedores aos tratamentos. Não observamos diferenças significantes dos níveis de sHLA-G nos pacientes com EM, estratificados segundo à forma clinica ou à resposta ao tratamento com DMD, incluindo o INF-β. Comparados com controles saudáveis: i) os alelos -1121 T, -810 T, -646 G, -521 A, -443 A, -400 A, -391 A e -355 A conferiram susceptibilidade a EM, ii) o alelo -922 A conferiu proteção a EM, iii) o genótipo - 391 AA conferiu susceptibilidade, ao passo que os genótipos -1121 CC, e CT, - 646 AA e AG e -355 GG conferiram proteção contra o desenvolvimento de EM. Apenas o alelo -355 A estava diminuído nos respondedores em comparação com pacientes não respondedores ao INF-β. Os alelos - 1121 T, - 810 T, - 646 G, - 521 A, - 443 A, - 400 A, - 391 A, - 355 A e os genótipos - 1121 CT, - 391 AA, - 646 AA, -391 AG, - 355 AA apresentaram níveis diferenciais de sHLA-G. Embora os níveis de SHLA-G não estivessem associados com o desfecho da EM, observamos padrão diferencial de susceptibilidade e de expressão de HLA-G, segundo a variabilidade da região promotora do gene HLA-G.