Viabilidade de um aplicativo móvel para o manejo das infecções relacionadas a assistência à saúde neonatais tardias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Diego Feriani da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5172/tde-25072021-225609/
Resumo: Introdução: Sepse é a principal causa de mortalidade no período neonatal; é considerada tardia quando as manifestações são iniciadas após 48 horas de vida, essa na maioria das vezes é atribuída à organismos adquiridos pela interação com o ambiente hospitalar. Sistemas de suporte às decisões clínicas (SSDC) são processos que buscam melhorar as decisões e as ações com base em conhecimento clínico organizado, fundamentados em evidências científicas e informações do paciente. Objetivos: Elaborar um guia de manejo antimicrobiano das principais infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) neonatais tardias da unidade de terapia intensiva (UTI) neonatal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo baseado no perfil de sensibilidade antimicrobiana dos agentes etiológicos; descrever as principais IRAS desta unidade e criar um SSDC baseado em aplicativo para smartphone. Métodos: Trata-se de uma análise descritiva retrospectiva de dados secundários referentes as IRAS desta UTI, ocorridas entre 2015 e 2019. Consulta à literatura disponível sobre manejo da sepse clínica, infecção de corrente sanguínea (IPCS), meningite e infecção do trato urinário (ITU) nesta população foi realizada para a construção do guia de manejo antimicrobiano e um aplicativo para smartphone baseado na linguagem HTML5 foi elaborado. Resultados: As principais IRAS da unidade no período foram IPCS (46%), seguida ITU (10%) e sepse clínica (9%). Os estafilococos coagulase-negativa foram as principais bactérias implicadas nos episódios de IRAS, seguidos por Klebsiella pneumoniae. Considerando o perfil microbiológico e de sensibilidade antimicrobiana, o esquema de antimicrobianos empíricos para o paciente com sepse neonatal tardia sem meningite baseia-se na associação de amicacina com vancomicina e quando há meningite: vancomicina e meropenem. Conclusões: A infecção primária de corrente sanguínea foi a principal IRAS da unidade; a administração empírica de cefalosporinas de terceira geração não é adequada para este cenário, espera-se que a aplicação do aplicativo de smartphone com o guia de manejo antimicrobiano poderá agilizar e padronizar condutas nesta unidade.