Características dos recém-nascidos pré-termo com peso inferior a 1.500g e sepse neonatal tardia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Silva, Stella Marys Rigatti
Orientador(a): Cunha, Maria Luzia Chollopetz da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Palavras-chave em Espanhol:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/106934
Resumo: O aumento da sobrevida dos recém-nascidos de muito baixo peso elevou a taxa de sepse tardia nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Esses recém-nascidos necessitam de longos períodos de internação e são submetidos a diversos tratamentos que os colocam em risco de adquirir infecção. Na sepse tardia, os sintomas ocorrem a partir do quarto dia de vida ─ ou com mais de 72 horas de vida ─ e está relacionada com fatores neonatais, acometendo mais frequentemente recém-nascidos prematuros de baixo peso, que se encontram internados nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, sendo os agentes responsáveis de origem hospitalar. Este estudo teve o objetivo de caracterizar os recém-nascidos pré-termo com peso inferior a 1.500g identificando a incidência de sepse neonatal tardia. Trata-se de um estudo observacional, descritivo e prospectivo, cuja amostra foi composta por 30 recém-nascidos pré-termo com peso inferior a 1.500g, internados em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um Hospital de Universitário de Porto Alegre. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento, registrando-se prospectivamente os dados dos pré-termos do período de 01 de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2013. O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética e Pesquisa da Instituição em que se desenvolveu a pesquisa. Os resultados demonstraram que dentre os 30 neonatos incluídos no estudo, 14 desenvolveram sepse neonatal tardia, representando 47% do total de RNMBP, prevalecendo o S. coagulase negativo em 12 recém nascidos, o que representou 86% de hemocultura positiva com S. coagulase negativo na amostra com sepse neonatal tardia. A maioria dos neonatos nasceu de cesariana (78%), com média de 28 ± 2 semanas de idade gestacional, sendo que 50% dos pré-termos foi classificado como pequeno para idade gestacional. O tempo de hospitalização dos recém-nascidos teve uma média de 62 ± 27 dias. O presente estudo sugere que incidência de sepse neonatal tardia em RN com peso inferior a 1.500g representa uma preocupação constante dos profissionais devido a vulnerabilidade desses pré-termos por necessitarem de tecnologias de intensivismo. Estudos futuros são necessários para investigar a população de pré-temos com peso inferior a 1.500g, buscando os fatores de riscos associados e sepse neonatal tardia a fim de elaborar e testar estratégias que promovam a prevenção da infecção nosocomial.