Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Ito, Eric Sioji |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-14052021-181722/
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Resumo: |
Ao partir para as montanhas, o escalador é provocado pelo ambiente e num movimento intrinsecamente humano, lhe atribui significado simbólico. Esse simbolismo se relaciona diretamente com as imagens constituintes em seu imaginário. Esta pesquisa, de viés fenomenológico, tenta responder a seguinte questão: Quais imagens presentes na experiência do escalador, de escalada tradicional, o inspiram na relação com o mundo? Para isso nos debruçamos primordialmente sobre o referencial teórico dos estudos do imaginário de Gaston Bachelard e Gilbert Durand. Estruturamos nossa pesquisa no estilo mito-hermenêutico da jornada interpretativa. Percorremos um trajeto metodológico que contou com uma pesquisa exploratória a partir de relatos de escaladores; e estudo de campo em pontos de alta frequentação de escaladores de múltiplas nacionalidades, iniciantes e experientes, sendo eles: Frey, na Argentina, e Cochamó, no Chile. A pesquisa de campo foi realizada por um participante-observador, o que propiciou ao pesquisador uma intensa vivência, tanto na base das montanhas, quanto nos próprios paredões rochosos. As observações foram registradas em diário de campo e por meio de recursos fotográficos. Também foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 14 participantes de 6 diferentes nacionalidades, entre homens e mulheres, de diversos níveis de experiência em escalada. A análise destes dados permitiu apurar que algumas das imagens vividas nas encostas rochosas se enredam em um pulsar dinâmico entre sístoles, imagens tensionadoras, diástoles imagens acolhedoras. Tais imagens, a depender da corporeidade do escalador, se ligam à potência da montanha sagrada dos mitos ancestrais, espaço com o acesso difícil, porém protegido e resguardado das agonias de sua temporalidade. As imagens da mestra, do ninho, e da imensidão labiríntica são recorrências simbólicas que foram evidenciadas nesse processo e que nos auxiliam na compreensão do mesmo. Estes são os principais elementos que constituem esta pesquisa, elaborada por densas descrições e reflexões a respeito do fenômeno da escalada tradicional que apaixona tantos escaladores por diversas eras na história da humanidade |