Moscas-das-frutas do gênero Anastrepha Schiner, 1868 (Diptera, Tephritidae) na Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, Camacã, Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Maxdouglas dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-03102023-114704/
Resumo: Estudos da diversidade de moscas-das-frutas em ambientes naturais são importantes para o entendimento da dinâmica populacional das espécies. Entretanto, estudos relacionados, em sua maioria, são realizados em ambientes antropizados, fazendo-se necessário a realização de estudos de levantamento de espécies de Anastrepha em áreas de vegetação nativa para uma melhor compreensão de aspectos ecológicos das espécies. Este trabalho, teve como objetivo estudar a diversidade de espécies do gênero Anastrepha em uma área nativa de Mata Atlântica da Reserva Particular do Patrimônio Natural Serra Bonita, Camacã, BA, comparando a diversidade de espécies em altitudes distintas. Foram instaladas 40 armadilhas Multilure contendo acetato de amônio e putrescina como atrativo alimentar. Em cada armadilha adicionaram-se 300 mL de propilenoglicol (C3H8O2), para a conservação dos insetos. Quinzenalmente, as armadilhas foram vistoriadas e o material coletado transferido para recipiente contendo etanol 99%. Posteriormente esse material foi levado para o Laboratório de Taxonomia de Insetos LTI da ESALQ/USP, onde passaram por triagem e identificação. Os dados das coletas em cada altitude foram submetidos a análises faunísticas utilizando o programa ANAFAU, os dados discrepantes foram avaliados a partir da análise gráfica de resíduo. A riqueza de espécies em diferentes altitudes foi analisada utilizando os pacotes vegan e BiodiversityR no R. As frequências relativas das espécies foram analisadas usando o pacote Mondrian no R, avaliando a coocorrência das espécies nas duas altitudes estudadas. Foram coletadas 17 espécies de Anastrepha: A. amita Zucchi, A. bahiensis Lima, A. barbiellinii Lima, A. chiclayae Lima, A. distincta, Greene, A. fraterculus (Wiedemann), A. leptozona Hendel, A. manihoti Lima, A. matertela Zucchi, A. microstrepha Norrbom, A. montei Lima, A. obliqua (Macquart), A. parallela (Wiedemann), A. pickeli Lima, A. serpentina (Wiedemann), A. sororcula Zucchi e A. tenella Zucchi. Um total de 557 espécimes foram amostrados, sendo 444 na área baixa (182-374 m) e 113 na área alta (684-924 m). Anastrepha bahiensis, A. fraterculus e A. parallela foram predominantes na área baixa e A. leptozona e A. serpentina predominaram na área alta. A. bahiensis, A. leptozona, A. fraterculus, A. parallela, A. distincta e A. serpentina foram espécies comuns às duas áreas. Há maior abundância de espécies de Anastrepha em altitudes mais baixas (182-374 m) da Mata Atlântica da RPPN Serra Bonita. A. bahiensis é a espécie mais abundante em altitudes mais baixas e A. leptozona a mais abundante em terrenos mais elevados (684-924 m). A área com baixa altitude possui maior diversidade e riqueza de espécies de Anastrepha na RPPN Serra Bonita.