Altura de voo e composição de espécies de Anastrepha Schiner, 1868 (Diptera: Tephritidae) em ambiente antropizado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Soares, Nyeppson de Sousa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-18062021-095623/
Resumo: Os estudos da diversidade e abundância de espécies são relevantes para compreender os aspectos ecológicos como, dinâmica populacional, riqueza e diversidade das comunidades de moscas-das-frutas. Nessas pesquisas, as armadilhas do tipo McPhail ou Multilure são instaladas a cerca de 2 m de altura, mais acessível para o coletor. Assim, praticamente não há dados sobre a dinâmica das espécies em posições mais altas por exemplo, ao redor de 10 m na copa das árvores. Sendo assim, é apresentada uma análise comparativa para avaliar a influência da altura de armadilhas Multilure na coleta de Anastrepha nos ambientes agrícolas e florestais do campus \"Luiz de Queiroz\", em Piracicaba, spp. SP. Foram instaladas 32 armadilhas, de 15 de abril de 2019 a 14 abril de 2020. Foram selecionadas quatro áreas de amostragem: (1) Fazenda Areão (22°41\'41.90\"S 47°38\'25.22\"W, 556 m), (2) Área Central (22°42\'40.56\"S 47°37\'55.71\"W, 560 m), (3) margem do rio Piracicamirim (22°42\'22.58\"S 47°37\'39.05\"W, 531 m) e (4) Monte Olimpo (22°43\'9.41\"S 47°36\'43.37\"W, 585 m). Cada ponto foi dividido em 4 blocos com 8 armadilhas dispostas em 4 plantas diferentes em áreas de cultivo (pomares) e de floresta nativa. Em cada bloco, as armadilhas foram instaladas da seguinte forma: uma armadilha alta ≅ 10 m), e uma baixa ≅ 2 m), na mesma planta ou em plantas próximas. Para captura dos espécimes de Anastrepha, foi utilizado atraente à base de putrescina e acetato de amônio. Em cada armadilha foram colocados 250 mL de propilenoglicol (C3H8O2), para preservar os insetos coletados. As armadilhas foram vistoriadas a cada 15 dias e o material coletado armazenado em frascos plásticos contendo etanol 99%. Os espécimes de moscas-das-frutas do gênero Anastrepha foram triados e identificados no Laboratório de Taxonomia de Insetos - LTI da ESALQ/USP. A abundância das espécies de Anastrepha foram comparadas por meio de índices faunísticos, utilizando-se o pacote iNEXT, tendo como base o número de Hill para cada altura e área de coleta. O Heat map graph, com base na distância euclidiana, foi utilizado para avaliar a interação das espécies com cada altura e ambiente. Foram coletadas 1.080 fêmeas de Anastrepha, sendo 722 nas armadilhas altas e 358 nas armadilhas baixas. Foram coletadas 14 espécies: Anastrepha amita Zucchi, A. barbiellinii Lima, A. bistrigata Bezzi, A. daciformis Bezzi, A. distincta Greene, A. elegans Blanchard, A. fraterculus (Wiedemann), A. grandis (Macquart), A. obliqua (Macquart), A. pseudoparallela (Loew), A. punctata Hendel, A. serpentina (Wiedemann), A. sororcula Zucchi e A. zenildae Zucchi. Anastrepha fraterculus e A. obliqua foram as espécies mais abundantes. Contudo, a abundância e diversidade entre as espécies de Anastrepha, nas duas alturas, mostraram padrões distintos de distribuição em cada área estudada.