Diversidade de moscas-das-frutas (Diptera, Tephritidae) em pomares comerciais de papaia e em áreas remanescentes da Mata Atlântica e suas plantas hospedeiras nativas, no município de Linhares, Espírito Santo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Uramoto, Keiko
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-11062007-115106/
Resumo: Este estudo foi conduzido em áreas remanescentes da Mata Atlântica, Reserva Natural da Companhia Vale do Rio Doce e Floresta Natural de Goytacazes (áreas preservadas), e em pomares comerciais de papaia (áreas alteradas), no município de Linhares, Estado do Espírito Santo. Os principais objetivos foram analisar comparativamente a diversidade, a abundância e o padrão de distribuição das espécies de moscas-das-frutas nesses dois hábitats (alterados e preservados), observando o impacto da mudança ambiental em relação à diversidade de espécies, além disso, verificar a associação das espécies de moscas-das-frutas com as plantas hospedeiras nativas. As moscas-das-frutas foram coletadas em armadilhas plásticas tipo McPhail com atrativo alimentar (proteína hidrolisada) por um período de cinco anos (outubro/2001 a setembro/2006). Nos remanescentes da Mata Atlântica, foram capturados 14 exemplares (machos e fêmeas) de Ceratitis capitata e 6.281 fêmeas de Anastrepha, sendo identificadas 22 espécies, além de cinco espécies possivelmente não-descritas. Nos pomares comerciais de papaia, foram capturados 30 exemplares (machos e fêmeas) de C. capitata e apenas 330 fêmeas de Anastrepha, pertencentes a 14 espécies. A diferença nos valores dos dois parâmetros (riqueza de espécies e abundância) refletiu nos valores do índice de diversidade de Margalef, que diferiram estatisticamente nos dois hábitats. Os resultados sugerem que as mudanças na vegetação nativa para uma área de cultivo provocaram impacto na diversidade, na abundância e na distribuição das comunidades de moscas-das-frutas. O levantamento de plantas hospedeiras de moscas-das-frutas foi realizado na Reserva Natural da Vale do Rio Doce, durante três anos e cinco meses (fevereiro/2003 a julho/2006). Foram coletadas 330 amostras de frutos de plantas nativas, representando 253 espécies de 51 famílias. Myrtaceae foi a família mais diversificada com 55 espécies amostradas. Vinte e oito espécies, pertencentes a dez famílias, foram hospedeiras de dez espécies de Anastrepha e de C. capitata. Entre 33 associações observadas entre moscas-das-frutas e plantas hospedeiras, 23 foram registros inéditos. Além disso, foram detectadas pela primeira vez as plantas hospedeiras de A. fumipennis Lima e de A. nascimentoi Zucchi.