Estudo epidemiológico da dengue no período de 2000 a 2005 no Município de Guarulhos (SP)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Mansho, Wilson
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-09052011-110404/
Resumo: A cada ano a dengue tem preocupado cada vez mais os países e levado os sistemas de vigilância da saúde, nas diversas esferas, a adotar várias medidas para o seu controle, tendo em vista a iminência de uma grande epidemia de febre hemorrágica no mundo. Os estudos epidemiológicos ajudam esses sistemas de vigilância a melhorar e direcionar as ações preventivas para o controle da doença. O objetivo desse trabalho foi realizar um estudo epidemiológico dos casos notificados e confirmados de dengue, a partir do banco de dados do SINAN, nos anos de 2000 a 2005 no Município de Guarulhos (SP). Para se analisar a ocorrência da doença segundo variáveis sócio-demográficas (sexo, raça, faixa etária e a densidade demográfica de cada bairro) foi realizada uma análise estatística onde se observou as diferenças entre os casos do banco de dados e os indivíduos da população do município para cada variável. Para a variável sexo, não foram observadas diferenças estatísticas significativas entre as proporções para cada sexo na amostra e na população do município (P=0,28); para a variável raça, não foi observada diferença estatística significativa entre as proporções de indivíduos das raças parda e indígena (P>0,05), porém nas outras comparações entre as raças (branca, negra, amarela e ignorado), foram observadas diferenças estatísticas (P<0,05) em comparação com a população do Estado. Para as faixas etárias, não foram observadas diferenças estatísticas significativas nas categorias de 15-19 anos, 20-24 anos, 25-29 anos, 55-59 anos, 60-64 anos e 70-74 anos (P>0,05) em relação às proporções nas faixas etárias correspondentes na população do município. Por outro lado, nas outras faixas etárias (0-4, 5-9, 10-14, 30-34, 40-44, 45-49, 50-54, 75+ anos) foram observadas diferenças estatísticas significativas (P<0,05). Procurou-se relacionar o número mensal de casos, ano a ano, tanto com o índice de Breteau quanto com os dados meteorológicos de precipitação total mensal e a temperatura média compensada mensal, porém foi observada uma baixa correlação estatística entre os casos da doença e este índice e entre os casos e a temperatura média compensada mensal e a precipitação total mensal. Também foi realizada uma análise da série histórica dos casos, onde foi possível observar o aumento de casos nos anos de 2002 e 2003. Na análise de sazonalidade foi observado que, nos meses de fevereiro a maio, o número de casos supera a média anual, ficando abaixo da média nos meses de junho a janeiro. Os casos foram distribuídos nos mapas georreferenciados por bairros e por ano de incidência e foi possível observar o processo de endemização da doença, com casos espalhados no município em todos os anos do estudo.