Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1996 |
Autor(a) principal: |
Costa, Antonio Ismael Paulino da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-07112024-164154/
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Resumo: |
Este trabalho, realizado na cidade de São José do Rio Preto, identificou três unidade ambientais internamente \"homogêneas\" em termos de renda, nível educacional e características das residências. Estas unidades foram utilizadas para a caracterização dos habitats larvais do Aedes aegypti, do seu índice de infestação e para a descrição da incidência de casos de dengue na epidemia ocorrida nesta cidade entre janeiro e julho de 1995. Foram utilizados dados sócio-econômicos básicos agregados por setor censitário do IBGE. Os setores foram agrupados segundo a similaridade de características de renda e escolaridade dos chefes de família, através do procedimento \"Cluster analysis\". Os três grupos resultantes foram descritos com base no aspecto predominante das moradias e então designados como unidades ambientais, apresentadas em carta da área urbana da cidade (confeccionada na escala original de 1:10.000). A unidade ambiental 1 foi composta por setores com nível sócio-econômico alto e padrão de moradias compatível com este nível; na unidade ambiental 2 agruparam-se os setores com nível socio-econômico e padrão de moradias médios; e a unidade ambiental 3 compôs-se de setores com nível sócio-econômico baixo e moradias de baixo padrão. Os dados da infestação vetorial foram obtidos a partir de levantamentos realizados para o cálculo do índice de Breteau (I.B.). A descrição e a análise da epidemia, feitas através do Coeficiente de incidência (C.I.), tomou como base os casos de dengue confirmados laboratorialmente. As unidades ambientais apresentaram as seguintes características de habitats larvais do Aedes aegypti: a) Unidade ambiental 1 - Unidade de menor dispersão do vetor na ocupação de habitats, sendo o representado por vaso de planta o mais frequente, o que provavelmente conferiu a esta unidade uma menor produtividade de larvas. b) Unidade ambiental 2 - Situou-se em posição intermediária entre as outras tanto na dispersão do I.B. por habitats quanto na importância relativa dos vasos de plantas e dos recipientes para armazenamento de água. c) Unidade ambiental 3 - Nesta unidade notou-se uma grande dispersão do I.B. entre os habitats, ressaltando a importância relativa assumida por recipientes para armazenamento de água, que podem conferir à unidade maior potencial na produção de larvas. A incidência de dengue variou significativamente de unidade para unidade. Assim o C.I. foi de 40,42 casos por 10.000 habitantes na cidade como um todo; 13,48 na unidade 1; 21,24 na unidade 2; e 56,91 na unidade 3. Portanto o C.I. variou de forma inversamente proporcional às condições sócio-econômicas vigentes nas unidades ambientais. Em relação aos fatores de risco diferenciais que puderam ser identificados, o C.I. variou diretamente com: a) habitats que propiciaram maior densidade do vetor; b) condições deficitárias de serviços de saneamento básico; e c) maior densidade populacional nas residências. Pôde-se concluir que as condições sócio-econômicas que determinaram a ocupação espacial na cidade de São José do Rio Preto também influenciam a diferenciação dos fatores de risco da dengue. |