Relação entre gênero e perfil comportamental de cães e seu sistema imunológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Akamine, Adriana Tiemi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-22032013-143636/
Resumo: Os comportamentos para formação da hierarquia surgem em cães domésticos (Canis familiaris) nas primeiras semanas de vida, na forma de posturas e brincadeiras. Estes comportamentos são a base para o aprendizado de atitudes que os adultos terão para afirmar sua posição no ranking hierárquico do grupo. Características individuais dos animais, como a personalidade, podem influenciar seu sistema imunológico, pela ação, em grande parte, de glicocorticóides. Outro hormônio bastante importante na relação entre Sistema Nervoso e Sistema Imune, é a testosterona, e por isso, o gênero também é uma importante peça neste conjunto. Pesquisas recentes mostram estes fatores no contexto neuroimune, utilizando para isso modelos animais, principalmente roedores. Porém raros estudos foram realizados utilizando cães domésticos. Para estudar os efeitos de características da personalidade e gênero sobre parâmetros imunológico de cães domésticos, utilizamos 30 cães beagle (15 machos e 15 fêmeas). O comportamento foi observado, por meio de análise animal-focal, e determinamos seu perfil em relação ao ranking hierárquico. Foram avaliados o cortisol, a testosterona, a contagem de leucócitos totais e diferenciais, a atividade de neutrófilos (burst oxidativo e fagocitose) e a fenotipagem de linfócitos, no momento basal, após o estímulo estressor de transporte, e 15 dias após uma alteração de agrupamento. Os resultados mostram que, sem estímulos estressores, o burst oxidativo de neutrófilos é maior em fêmeas. O estímulo estressor do transporte aumenta a atividade de neutrófilos, independente do gênero. Foi observado que, sem estímulos estressores, o perfil de dominância não influencia os parâmetros analisados, porém após o transporte e o reagrupamento, animais com atitudes dominantes tiveram maior porcentagem e intensidade de fagocitose dos neutrófilos. Portanto, nosso trabalho, sendo pioneiro no assunto, mostra que estímulos estressores, o gênero e a personalidade do animal podem influenciar parâmetros imunológicos. Novas pesquisas devem ser realizadas a fim de elucidar o (s) mecanismo (s) de ação que promove (m) estes resultados e demais aspectos envolvidos nesta relação.