Comportamento ciumento em cães com rivais humanos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Guirelli, Melissa de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-01092023-153249/
Resumo: O ciúme em animais não humanos é controverso. Por ser considerada uma emoção secundária, parece exigir habilidades cognitivas complexas, supostamente encontradas apenas em humanos. Apesar da polêmica, o ciúme tem sido frequentemente relacionado aos cães em estudos sobre emoções, e apontado como um problema de comportamento a ser resolvido por treinadores de cães e tutores. Além disso, experimentos sobre o ciúme em crianças mostram uma possibilidade empírica de estudar essa emoção em animais não-verbais, como cães. Considerando que são poucos e divergentes os estudos experimentais sobre o ciúme em cães, e a falta de evidências empíricas científicas sobre seu tratamento, o objetivo deste estudo é comparar os efeitos da situação de ciúme em cães quando o rival é humano, e suas mudanças após a associação rival-comida (treino pavloviano). Neste estudo, vinte e três cães foram expostos a uma situação em que seu tutor e um estranho (rival) se abraçam, enquanto ignoram o cão (situação de ciúme). Logo, 12 desses cães foram alimentados pelo rival (grupo experimental) e 11 recebeu alimento de um dispensador, sem qualquer relação com o rival (grupo controle). Uma segunda situação de ciúme foi aplicada novamente. Não houve diferença estatística significativa entre os grupos durante o primeiro e segundo abraço, o que indicaria que o petisco não fez diferença na reação dos cães. Porém, a alta variabilidade entre sujeitos, a ambiguidade dos sinais estressores e o número baixo de sujeitos coletados pode ter influenciado nos resultados. Assim, mais estudos sobre o tema se faz necessário.