Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Louis José Pacheco de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-03082015-152618/
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Resumo: |
Esta tese se insere na temática da crise dos grandes discursos, reconhecendo que ao contrário do colapso ou do fim das metanarrativas, eles se abriram, possibilitando a reapropriação de uma outra ideia de homem. Uma ideia que traz como base a gramática trágica. Trágico, aqui, é o que vislumbra o real como idiota, simples, aprovador de todos os acontecimentos, suficiente para reconfigurar a imageria contemporânea e identificar, no âmbito de sua gramática, a presença do sujeito idiotès (vulgar e idiota), uma presença que foi negligenciada ao longo de toda modernidade. Para tratar dessa reapropriação do homem e do sujeito , este estudo se desenvolve a partir de três esferas de observação: a) o advento da racionalidade e a construção de um modelo de sujeito forte, que se tornará a base de uma tradição; b) a crise deste modelo e o seu encontro com o pensamento fraco (Vattimo); e c) o reordenamento da gramática moderna que, intensificando-se idiota, aponta para um outro imaginário. Na primeira, exponho a preferência da racionalidade moderna por um homem e um sujeito fortes e sua consequente reprovação das narrativas que desprezam a noção de natureza ou afirmam o homem vulgar, fruto do acaso e da idiotia humana; na segunda, analiso a época contemporânea apontando para uma reconfiguração conceitual que, a partir da crise das noções de ser e de natureza (impostas por Nietzsche), aponta para o surgimento do pensamento fraco/débil; no terceiro, com foco na filosofia trágica rossetiana, fixo os desdobramentos de suas noções de acaso, de convenção, de aprovação, de um real idiotès, para a constituição do sujeito contemporâneo. Por fim, aponto para a liberação da imageria trágica e sua expressão idiota, que aproximam o homem de sua condição mais humana: essa idiotia. Ou seja, o objetivo é reapropriar-se de uma gramática e de um homem que nunca apareceram como aspiração no âmbito dos discursos hegemônicos e que agora evidenciam-se no campo da contemporaneidade. |