Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Yeda da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-31102020-130540/
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Resumo: |
Introdução: Há muitas incertezas e desconhecimentos acerca dos efeitos fisiológicos do voo sobre o organismo. Vem sendo observados quadros recorrentes de sinusopatia em pilotos de caça, porém, há escassos relatos publicados na literatura sobre o referido tema. Objetivo: O objetivo desta investigação foi avaliar e documentar os possíveis efeitos fisiológicos do voo sobre os seios paranasais em pilotos de caça da Força Aérea Brasileira, fazendo um estudo prospectivo e longitudinal, correlacionando achados tomográficos dos seios paranasais, bem como, o volume dos seios maxilares e relacionando esses achados com as variáveis de voo. Materiais e métodos: Para tanto, foram mensurados o volume dos seios maxilares, as alterações inflamatórias em todos os seios paranasais, as alterações anatômicas do complexo ostiomeatal, e alterações do septo nasal em pilotos de caça antes e após o programa de treinamento (com duração de 8 meses) utilizando tomografia computadorizada multidectores, considerando os efeitos de altitude de cabine, altitude de voo e horas de voo. Os seios maxilares foram selecionados para a verificação volumétrica por apresentarem características anatômicas mais favoráveis e menos variações anatômicas quando comparados aos demais seios paranasais e, consequentemente, poder evidenciar melhor as alterações fisiológicas provocadas pelo voo. Foram formados dois grupos para comparação e correlação estatística: o grupo dos pilotos de caça (15) e o grupo-controle (41). Ambos os grupos foram formados por jovens de 20 a 30 anos de idade cronológica, gênero masculino, sem comorbidades prévias. Para mensuração da volumetria dos seios maxilares, foi utilizado o software 3D Slicer 4.10, utilizando-se a técnica semiautomática com mensuração da volumetria total dos seios maxilares em centímetros cúbicos (cc). Concomitantemente, foi realizada análise das alterações anatômicas do complexo ostiomeatal, bem como, desvio de septo nasal nas tomografias iniciais e finais, e as principais alterações inflamatórias dos seios paranasais. Os resultados de variáveis quantitativas foram descritos por médias, desvios padrões, medianas, valores mínimos e máximos. Valores de p < 0,05 indicaram significância estatística. Os dados foram analisados com o programa computacional Stata/SE v.14.1. StataCorpLP, USA. Resultados: Observaram-se diferenças volumétricas (aumento) entre a avaliação inicial e final dos seios maxilares em ambos os seios maxilares no grupo dos pilotos quando comparado ao grupo-controle, com resultados estatísticos significativos. Quanto às alterações inflamatórias dos seios paranasais, houve aumento do espessamento mucoso nos seios maxilares e etmoidal anterior no grupo dos pilotos. Não foram observadas alterações do septo nasal neste período e as principais alterações anatômicas no grupo de estudo foram: célula de Agger nasi, desvio de septo nasal, curvatura paradoxal da concha média, alterações do processo uncinado e concha média bolhosa. Conclusões: Para o aumento do volume dos seios maxilares, algumas das hipóteses relacionadas são as mudanças de força G, a expansão do gás de acordo com a Lei de Boyle e a pressão positiva da máscara de oxigênio. Em relação às alterações inflamatórias dos seios paranasais, as hipóteses relacionadas são as mudanças de força G, alterações da pressão atmosférica e redução da umidade da máscara de voo |