Relações entre estratégias de aprendizagem e traços de personalidade em treinamentos corporativos presenciais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Oliveira, Luana Paula de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59141/tde-11032019-175605/
Resumo: As rápidas transformações e a competitividade do mercado de trabalho têm exigido das organizações e das pessoas um constante processo de aperfeiçoamento. Assim, uma prática comum nas organizações é avaliar as lacunas nas competências dos funcionários e desenvolvê-las por meio de ações de Treinamento, Desenvolvimento e Educação (TD&E) sistemáticas e estruturadas. Todavia, se a aprendizagem ocorre ou não, depende de características individuais e também contextuais. Estudos têm mostrado que o reconhecimento dos aspectos individuais neste processo contribui para desenvolvimento profissional bem-sucedido dos funcionários, bem como para os resultados de treinamentos esperados pela organização. Nesta perspectiva, a presente pesquisa pretende contribuir com a área de avaliação de sistemas instrucionais ao investigar as relações entre as variáveis estratégias de aprendizagem e traços de personalidade - segundo a teoria dos Cinco Grandes Fatores (Big Five) - em treinamentos corporativos presenciais. A coleta de dados foi realizada numa população composta por 115 funcionários de uma empresa do segmento de Telecomunicações, situada em Minas Gerais, que participou de um treinamento intitulado Gestão à Vista. Foram utilizados, em formato online, o inventário de personalidade Neuroticism, Extraversion, Openness Personality Inventary Revised (NEO-FFI-R) e a Escala de Estratégias de Aprendizagem. A taxa de retorno obtida se apresenta como um diferencial entre os estudos da área, com participação de 74,78% da população estudada. Foram realizadas análises estatísticas descritivas das variáveis e Testes de Coeficiente de Correlação de Pearson. Os resultados evidenciaram que as estratégias mais utilizadas pela amostra foram as Autorregulatórias e que o traço de personalidade mais presente foi o da Conscienciosidade. As correlações mostraram que as estratégias de aprendizagem intituladas Elaboração e Aplicação Prática e Controle da Motivação se relacionam positivamente com os traços da personalidade Extroversão, Abertura, Amabilidade e Conscienciosidade, e negativamente com o Neuroticismo. Já as Estratégias Cognitivas e Busca de Ajuda mostraram relação positiva apenas com a Amabilidade, enquanto Controle da Emoção se relacionou negativamente com o Neuroticismo. Esta pesquisa oferece contribuições para o subsistema de avaliação na medida em que suscita a possibilidade da inserção da variável traços de personalidade, até então não utilizada em pesquisas nacionais, mas que tem sido correlata estável, robusta, previsível e determinante de outras variáveis envolvidas no processo de TD&E