Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Cherix, Katia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-09112017-170714/
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Resumo: |
Esta tese de doutorado busca fazer uma articulação entre conceitos da metapsicologia freudiana e sintomas da demência de tipo Alzheimer, como descritos pela neuropsicologia. A pesquisa levou a estudar a relação do idoso com seu corpo, durante o processo de envelhecimento, assim como o desenvolvimento do conceito de narcisismo por Freud e a implicação da estruturação deste para o surgimento das demências. Num segundo momento, seguindo os passos já trilhados por autores que levantaram a hipótese da relação entre o aparecimento do sintoma de perda de memória e a dificuldade na elaboração dos lutos, levantou-se a hipótese do sintoma de perda de memória como um mecanismo de defesa. A história subjetiva em relação ao complexo de castração define a maneira como o sujeito poderá lidar com a castração imposta pela aproximação do fim do Eu. Por fim, propôs-se uma leitura psicanalítica para as mudanças experimentadas pelo sujeito, desde o diagnóstico da doença de Alzheimer até o estágio avançado da doença. Nesse percurso, fica claro que, na fase inicial, o Supra Eu encontra-se abalado; na fase intermediária, são as funções do Eu que são atingidas até o ponto de nos encontrarmos diante de um sujeito sem um funcionamento egoico. É possível supor que, sem a possibilidade da sublimação ou da simbolização, as pulsões, sem representações que possam enlaçá-las, invadem o aparelho psíquico e o corpo do idoso, o qual já não se reconhece mais como um sujeito. Essa desintegração do Eu, à luz da metapsicologia, poderia ser compreendida como uma forma de mecanismo de defesa que protegeria o sujeito de entrar em contato com uma dor maior, ligada a uma história de lutos não elaborados e de traumas que seriam reatualizados no contato com os desafios do processo de envelhecimento |