Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Prado, Renata Lopes Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-27112014-103246/
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Resumo: |
As ciências sociais e humanas historicamente desconsideraram as perspectivas das crianças na produção de conhecimento. Estas, quando ouvidas, tiveram suas vozes interpretadas à luz de uma suposta incompetência para fazerem julgamentos ou para informarem adequadamente pesquisadores. Os estudos sociais da infância, no entanto, vêm se constituindo com força em contexto internacional tendo como importante eixo temático o abafamento da voz de crianças na produção acadêmica e nas demais práticas sociais, bem como a tentativa contrária de dar-lhe realce. Temse assistido, assim, a ampliação do espaço outorgado à voz e à participação das crianças nas pesquisas. Este trabalho se propôs investigar como tal participação vem sendo incorporada em contexto brasileiro. Para dar conta de seus objetivos, a pesquisa se apoiou nos aportes dos estudos sociais da infância. No plano metodológico, buscou articular o referencial da hermenêutica de profundidade, tal como proposto por John B. Thompson, às técnicas de análise de conteúdo. Foram analisados 179 artigos das áreas de antropologia, educação, psicologia e sociologia, que relatam pesquisas com o envolvimento de crianças e que foram publicados entre os anos de 2000 e 2012 em periódicos classificados como A1 ou A2 pela CAPES. Diferentemente do que tem sido visto em contexto internacional, observouse que a escuta de crianças na produção acadêmica brasileira em ciências sociais e humanas restringe-se ainda à psicologia e, em menor grau, à educação. Há predominância da perspectiva da criança como sujeito entre os trabalhos analisados, ainda que também tenham sido identificados trabalhos que abordam as crianças como objetos e outros que as reconhecem como atores sociais. Ressaltam-se ainda, entre os resultados, lacunas referentes à caracterização das crianças que participam das pesquisas nessas áreas: crianças pequenas, crianças que vivem em áreas não urbanas e as que se localizam nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país permanecem silenciadas nas pesquisas |