Aedes aegypti na região de São José do Rio Preto, estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Chiaravalloti Neto, Francisco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6134/tde-15052018-163245/
Resumo: O Aedes aegypti, culicídeo do subgênero Stegomyia apresenta elevado grau de domiciliação tendo ligação estreita com os seres humanos. Cria-se preferencialmente em recipiente artificiais com água como pneus, vasos, latas, garrafas, caixas d\'água, calhas, etc. Podem se desenvolver também em criadouros naturais. As fêmeas do mosquito na fase adulta são hematófagas com alta antropofilia e necessitam de sangue para o desenvolvimento de seus ovos. É o principal vetor da febre amarela urbana e no Brasil, principal vetor do dengue. Considerado erradicado do Brasil em 1955, o Aedes aegypti foi reintroduzido posteriormente. No Estado de São Paulo identificou-se a reinfestação em 1980 e 1981, sendo os focos eliminados. Em 1985 um levantamento realizado em borracharias, depósitos de pneus, ferros-velhos, etc, isto é, locais com grande concentração de recipientes, chamados Pontos Estratégicos para instalação e desenvolvimento deste vetor, detectou-se a presença do mosquito em 12 municípios do Estado. No final de 1985 já existiam 09 municípios com infestação domiciliar pelo Aedes aegypti. Em 1986 é identificada a presença de outro vetor, o Aedes albopictus, na Região Leste do Estado no Vale do Paraíba. A partir de 1985 o Aedes aegypti vai se dispersando no sentido Oeste para Leste e o Aedes albopictus no sentido Leste para Oeste do Estado. Em dezembro de 1992 existiam em são Paulo 459 municípios com infestação domiciliar Aedes aegypti e/ou Aedes aibopictus. Na região de abrangência do Escritório Regional de Saúde de São José do Rio Preto- ERSA 57 (Região de São José do Rio Preto) composta por 28 municípios, a infestação domiciliar pelo Aedes aegypti evolui rapidamente. Em 1985 existia um município com infestação domiciliar; em 1986, nove municípios; em 1987, 25 municípios e em 1988 todos municípios. Com relação à transmissão de doenças, ocorreram duas situações de epidemias no Estado. Em 1987 foram registrados 30 casos de dengue autóctone em Guararapes, no Distrito Rural de Ribeira do Vale e 16 no município de Araçatuba. No verãode 1990/1991 ocorreu transmissão de dengue em 48 municípios, iniciada em Ribeirão Preto, com a ocorrência de 6374 casos com confirmação laboratorial. Na Região de são José do Rio Preto ocorreu transmissão de dengue em 7 municÍpios com 157 casos. Tendo como base o Programa de Controle do Aedes inicialmente estabelecido, o objetivo de evitar a dispersão - não foi atingido, sendo que no Oeste do Estado a infestação domiciliar evoluiu rapidamente, mostrando uma adaptação bastante grande do vetor à região. Com relação aos criadouros preferenciais, os vasos de plantas tem sido os principais focos do Aedes aegypti na Região de são José do Rio Preto. Os pneus tem perdido importância, 1985 eram criadouros mais importantes após os vasos de plantas. Em 1991 e 1992 ocuparam a quinta posição entre os recipientes positivos para Aedes aegypti. As médias mensais dos Índices de Breteau (número de recipientes com larvas de Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus por 100 casas pesquisadas) medidas nos municípios de São José do Rio Preto apresentaram seus valores máximos geralmente nos meses de janeiro e fevereiro e seus valores mínimos geralmente nos meses de agosto. Nos períodos de maior incidência de chuvas ocorreram aumentos dos Índices de Breteau, tendo sido verificados altos graus de correlação entre os valores médios mensais destes Índices e os valores médios mensais das precipitações pluviométricas medidas nos Municípios da Região de são José do Rio Preto.