A baixa transmissão de dengue na região metropolitana de São Paulo no contexto das demais regiões do Estado: razões e perspectiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: Nascimento, Claudia Barleta do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-25032020-102246/
Resumo: Com o objetivo de analisar a baixa transmissão de dengue na área metropolitana de São Paulo, no contexto de outras regiões do Estado, no período entre janeiro de 1995 e junho de 2000, estudou-se conjuntamente, segundo Administração Regional de Saúde (ARS) para São Paulo e município para o restante da região, as seguintes variáveis: número de casos de dengue autóctones e importados, densidade demográfica, presença e densidade de Aedes aegypti e Aedes albopictus, temperaturas máxima, média e mínima anuais, índice pluviométrico anual e qualidade do ar anual. Observou-se a ocorrência de 1000 casos importados principalmente da Bahia, Pernambuco e de outras regiões do Estado de São Paulo e de apenas 2 casos autóctones ocorridos em 1999 na região oeste do Município de São Paulo. Todos os municípios da Região Metropolitana estavam infestados por Aedes aegypti e/ou Aedes albopictus, sendo que 14 deles apresentavam as duas espécies. Não se registrou infestação por Aedes aegypti dissociado de Ae.albopictus e não foi registrada transmissão de dengue em áreas onde só ocorria esta segunda espécie. Concluiu-se que o percentual de imóveis infestados foi o melhor indicador da infestação por Aedes aegypti. Observou-se que ocorreu elevação da temperatura e diminuição da pluviosidade no período estudado, sem que ocorresse uma correlação entre essas duas variáveis e essa infestação. Foram observadas correlações entre infestação por Aedes aegypti e registro de casos importados, entre estes e densidade populacional, entre densidade populacional e infestação e entre temperatura máxima, casos importados e infestação pelo vetor, significando que nos locais mais densamente povoados, mais infestados e de temperatura mais elevada ocorreu maior circulação dos vírus do dengue. Concluiu-se também que dentre os poluentes analisados monóxido de carbono, partículas inaláveis e fumaça foram os que apresentaram maior correlação negativa com a infestação por Aedes aegypti. Por outro lado, os resultados obtidos mostram que o ozônio apresentou alta correlação positiva com esse vetor. Esses achados estatísticos sugerem estudos futuros mais aprofundados sobre o tema. Os Municípios de São Paulo (ARS 1, 2, 3, 4, 7, e, 8), Guarulhos, Osasco, Barueri, Carapicuíba, São Bernardo do Campo e Santo André mostraram-se com maior risco de transmissão de dengue por registrarem maiores níveis de infestação por Aedes aegypti e ocorrência de casos importados.