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Habilidades do desenvolvimento de crianças com sequência de Robin isolada tratadas exclusivamente com intubação nasofaríngea

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Bukvic, Luiza Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-06102020-143539/
Resumo: Objetivo: Verificar as habilidades do desenvolvimento infantil de crianças com sequência de Robin isolada, tratadas exclusivamente com intubação nasofaríngea. Método: após cumprir os aspectos éticos foi realizado um estudo transversal, englobando dois grupos, o grupo de crianças com sequência de Robin isolada (GSRI) composto por 8 crianças de 2 a 5 anos, que tiveram exame de polissonografia alterado quando lactentes, e o grupo comparativo (GC) composto por 16 crianças eutróficas provenientes das escolas e igrejas do Município de Bauru e região, pareadas quanto ao sexo e idade cronológica. A avaliação foi composta pela ficha de anamnese, Questionário Socioeconômico e Teste de Screening do Desenvolvimento Denver II (TSDD-II). As avaliações ocorreram entre 2017 e 2018. Para análise estatística foram utilizados os testes de Mann Whitney, Qui quadrado, Exato de Fisher e Correlação de Spearman. Resultados: o risco para o desenvolvimento global segundo o TSDD-II foi de 37,5% nas crianças de ambos os grupos. Não foram observadas diferenças significativas quando comparado as idades em meses do GSRI com GC das habilidades adquiridas nas áreas pessoalsocial (p=0,57), motor fino adaptativo (p=0,74), linguagem (p=0,26) e motor grosso (p=0,92). Descritivamente a área da linguagem foi a mais prejudicada nas crianças do GSRI. Não houve diferença significativa ao comparar o desenvolvimento global por meio do TSDD-II com o período de tempo em dias do uso da sonda nasogástrica (p=0,07), intubação nasofaríngea (p=0,39), com o índice de apneia-hipopneia no início do tratamento sem intubação nasofaríngea (IAH1) (p=0,57), com o índice de apneia-hipopneia após o tratamento com retirada definitiva da intubação nasofaríngea (IAH-PÓS) (p=1). Em relação ao IAH-PÓS observou-se média correlação com a área da linguagem (r=59, p= 0,102). Referente o desenvolvimento global das crianças do GSRI com os riscos ambientais foram observadas descritivamente que nenhuma criança apresentou risco para o desenvolvimento quando a classificação socioeconômica era média inferior e quando o pai e/ou mãe tinham ensino superior completo. As crianças das mães com idade mais avançada tiveram melhores desempenhos no TSDD-II. Conclusão: A prevalência de risco para o desenvolvimento de crianças com sequência de Robin foi de 35,5% no TSDD-II. Na comparação entre o grupo de crianças com sequência de Robin e crianças do grupo comparativo, quanto ao desempenho nas áreas pessoal-social, motor fino adaptativo, linguagem e motor grosso não houve diferenças estatísticas. Embora os dados não apresentem tal diferença à área da linguagem foi inferior nas crianças com sequência de Robin isolado. As crianças que fizeram uso prolongado da sonda nasogástrica tiveram maior risco para o desenvolvimento, o que não foi observado com o uso prolongado da intubação nasofaríngea. Os resultados sugerem que os índices de apneia-hipopneia das crianças com sequência de Robin isolada quando lactentes não interferiram em suas habilidades atuais. O nível socioeconômico mais elevado, a idade avançada das mães e o nível de escolaridade superior dos responsáveis podem influenciar positivamente no desenvolvimento das crianças com sequência de Robin isolada