Caracterização do desenvolvimento de bebês com sequência de Robin isolada

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Souza, Caroline Duchatsch Ribeiro de
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Child development; Cleft palate; Desenvolvimento infantil; Fissura palatina; Pierre Robin syndrome; Síndrome de Pierre Robin
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-25042023-163237/

Introdução: Os principais sinais clínicos da Sequência de Robin isolada (SRI) são as obstruções respiratórias e as dificuldades de alimentação, mais frequentes e graves no período neonatal. Além dos elevados riscos de alterações desenvolvimentais e morte, as malformações e internações recorrentes, posicionam os bebês com SRI em situação de risco pois os tornam predispostos a maiores chances de apresentarem alterações de crescimento e atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) nos primeiros anos de vida. Objetivo: Caracterizar o desenvolvimento motor grosseiro, motor fino, linguagem e de socialização de bebês com Sequência de Robin isolada no primeiro ano de vida. Material e Método: O estudo foi realizado no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, Universidade de São Paulo (HRAC/USP), por meio de coleta de dados secundários, ou seja, retiradas informações dos prontuários. A análise da amostra foi dividida em duas partes, sendo a primeira constituída de 57 bebês que tinham em seus prontuários apenas uma avaliação do Teste de Screening do Desenvolvimento Denver II (TSDD-II), e a segunda parte de 17 bebês que apresentaram duas avaliações em faixas etárias distintas até os 12 meses de vida. Além das avaliações, foi levando em consideração o trimestre de aplicação do teste, sendo divididos em 4 trimestres os 12 meses de vida. Resultados: Nas avaliações transversais foram identificados 92,98% dos bebês com sequência de Robin isolada classificados com risco para o desenvolvimento, com maiores prejuízos na área pessoal-social, seguido da área motora fina adaptativa, motora grosseira e por último a linguagem. Nas avaliações longitudinais os bebês apresentaram risco para o desenvolvimento na primeira avaliação em 100% da amostra. Na segunda avaliação observou-se melhora no desempenho dessas crianças, porém, ainda com 88,24% da amostra com risco para o desenvolvimento, com impactos em todas as áreas do desenvolvimento. Destaca-se na avaliação longitudinal melhora significativa dos bebês com SRI com evolução na área motora grosseira e piora nas habilidades de linguagem. Conclusão: Os bebês com SRI apresentaram risco para o desenvolvimento na faixa etária de 12 meses de vida, com impacto em todas as áreas.