Caracterização de sinergismo e estudos de absorção e translocação de mesotrione e atrazine aplicados em associação e isoladamente em Ipomoea hederifolia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Ricardo Ferraz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-08102019-104123/
Resumo: A alteração do sistema de colheita manual para mecanizada em cana-de-açúcar provocou mudanças significativas na flora infestante dos canaviais. Dentre as espécies que antes não eram recorrentes, estão as cordas-de-viola, que preocupam de forma especial pelos problemas ocasionados na operação da colheita, onde causam o embuchamento das colhedoras. Assim, o manejo adequado dessas plantas daninhas é essencial. Dentre os principais herbicidas recomendados para o controle de espécies de corda-de-viola, estão atrazine e mesotrione, que quando aplicados em conjunto apresentam uma interação sinergística. No entanto, o mecanismo responsável pela interação sinergística destes herbicidas ainda é desconhecido. Este efeito pode estar relacionado a uma absorção e/ou translocação mais elevada e/ou mais rápida, já que a intensidade dos processos de absorção e translocação de um herbicida afeta a eficácia deste herbicida no controle de plantas daninhas. Assim, o objetivo deste trabalho foi caracterizar o sinergismo entre os herbicidas atrazine e mesotrione aplicados em pós-emergência inicial em uma espécie de corda-de-viola (Ipomoea hederifolia), além de comparar a absorção e translocação desses herbicidas aplicados em associação e isoladamente. O método utilizado para a caracterização de sinergismo foi o multiplicative survival model, e as avaliações realizadas foram avaliação visual de controle e redução de massa seca. Nas avaliações visuais de controle, foi encontrado sinergismo entre os herbicidas em 8 tratamentos aos 7 dias após aplicação (DAA), esse número caiu para 6 tratamentos aos 14 DAA e para 3 tratamentos aos 21 DAA. Esses resultados tornaram possível concluir que a mistura mesotrione+atrazine é sinergística. Os estudos de absorção e translocação foram realizados por meio da aplicação de 14C-atrazine e 14C-mesotrione isolados e em mistura. Nos períodos de 2, 6, 12, 24, 48, 72 e 96 horas após a aplicação (HAA) as plantas foram divididas em seis partes (folha tratada, folhas acima da folha tratada, folhas abaixo da folha tratada, folhas cotiledonares, caule e raízes). Cada parte foi oxidada utilizando um oxidador biológico, e a radioatividade foi quantificada por espectrometria de cintilação líquida. Quanto à absorção não houve diferenças entre 14C-atrazine e 14C-atrazine+mesotrione, que absorveram 62,56 e 60,02% respectivamente, assim como não houve diferença entre 14C-mesotrione e 14C-mesotrione+atrazine, que absorveram 42,84 e 46,57% respectivamente. Quanto à translocação total, não houve diferença entre 14C-atrazine com 1,87% e 14C-atrazine+mesotrione com 1,51%. Porém o tratamento 14C-mesotrione apresentou translocação superior em relação ao 14C-mesotrione+atrazine, 8,65 e 2,46% respectivamente, demonstrando que a mistura reduziu a translocação do mesotrione. Conclui-se que a interação sinergística dos herbicidas mesotrione e atrazine em I. hederifolia não está relacionada a um aumento da absorção e/ou translocação. A mistura inclusive reduziu a translocação do mesotrione