Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Moreira, Murilo Sala |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-11022009-081812/
|
Resumo: |
A seleção de biótipos de plantas daninhas resistentes ao herbicida glyphosate no Brasil vem crescendo a cada ano em conseqüência principalmente da dependência dos principais sistemas de produção a este herbicida. Este fenômeno é evidente na citricultura brasileira, onde o glyphosate é o principal herbicida utilizado no controle de plantas daninhas há anos. As infestações da planta daninha conhecida como buva na citricultura é composta da mistura de duas espécies, Conyza canadensis e C. bonariensis, que apresentam ciclo de vida anual ou bianual, e são espécies altamente adaptadas a agroecossistemas com baixo distúrbio mecânico no solo, sendo nos sistemas de produção citrícolas altamente prolíficas. A suspeita de seleção de biótipos de buva resistente ao herbicida glyphosate motivou o desenvolvido desta pesquisa com o objetivo de comprovar a existência de biótipos resistentes, identificar suas principais características de crescimento e estudar alternativas de controle desses biótipos. A comprovação da existência dos biótipos resistentes ao glyphosate foi feita através de curvas dose-resposta, onde se verificou que o nível de resistência (GR50 do biótipo resistente (R) dividido pelo GR50 do biótipo suscetível (S)) está entre 6,15 a 10,79 para os biótipos da espécie Conyza canadensis e entre 1,52 a 14,75 para os biótipos da espécie Conyza bonariensis. Com relação ao estudo de herbicidas alternativos ao glyphosate no seu controle, comparando a aplicação dos herbicidas estudados em plantas de buva sob dois estádios fenológicos, verificou-se que os níveis de controle (%) em plantas com até 10 folhas de desenvolvimento foram de 88, 81,5 e 76,6% respectivamente para os tratamentos com glyphosate + bromacil + diuron (1.440 + 1.200 + 1.200 g ha-1), glyphosate + atrazina (1.440 + 1.500 g ha-1) e glyphosate + diuron (1.440 + 1.500 g ha-1), considerados como mais eficazes; já em plantas em estádio de desenvolvimento reprodutivo, as melhores alternativas de controle foram os tratamentos que continham o herbicida amônio glufosinato 400 g ha-1. O crescimento vegetativo, baseado na biomassa seca de raízes e parte aérea e área foliar, dos biótipos resistentes de ambas as espécies comparados com o seu respectivo biótipo suscetível foi menor que o das plantas resistentes. A umidade demonstrou-se como o principal fator de interferência da germinação de buvas na região de Matão-SP. Dessa maneira, a presente pesquisa comprovou a resistência dos biótipos estudados ao herbicida glyphosate, destacando as diferenças de crescimento entre os biótipos; a eficácia dos herbicidas alternativos de manejo dos biótipos resistentes de buva ao glyphosate é dependente do estádio fenológico de desenvolvimento da planta daninha, sendo o herbicida amônio-glufosinato excelente alternativa de controle do biótipo resistente ao glyphosate. |