Fitorremediação de solos com resíduo do herbicida diclosulam

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Souza, Camila da Costa Barros de lattes
Orientador(a): Pinho, Camila Ferreira de
Banca de defesa: Pinho, Camila Ferreira de, Machado, Aroldo Ferreira Lopes, Pereira, Ana Carolina Callegario, Hüther, Cristina Moll
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola e Ambiental
Departamento: Instituto de Tecnologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
ALS
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/13271
Resumo: Herbicidas residuais, em alguns casos, podem afetar culturas subsequentes. Nestas situações, o uso de espécies fitorremediadoras pode ser uma alternativa na degradação destas moléculas, minimizando o risco de carryover. O primeiro passo para estabelecer se uma espécie pode ser utilizada como fitorremediadora, é verificar se a mesma apresenta tolerância ao produto, para posteriormente verificar o seu efeito remediador. Diante do exposto, a presente dissertação de mestrado teve por objetivo identificar espécies vegetais capazes de fitorremediar o herbicida diclosulam, elucidando o mecanismo biológico de fitorremediação empregado pelas plantas. Para isso foram realizados 3 experimentos distintos. No primeiro experimento, realizado na Estação Experimental da Empresa Dow Agrosciences, foi selecionado, dentre as espécies Arachis pintoi, Brachiaria brizantha, Brachiaria decumbens, Canavalia ensiformis, Cajanus cajan e Crotalaria juncea, aquelas que apresentem tolerância ao herbicida diclosulam. No segundo experimento, realizado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, avaliou-se a eficiência das espécies vegetais, previamente selecionadas, em remediar solo contaminado com o herbicida diclosulam, utilizando o pepino como planta bioindicadora. No terceiro experimento, realizado no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA/USP), foi verificado se o mecanismo de tolerância das duas espécies que apresentaram maior potencial fitorremediador ocorre devido aos fenômenos de absorção e/ou translocação do herbicida pela planta. As doses do herbicida diclosulam testadas no primeiro e segundo experimento foram 21, 42, 63, e 84 g ha-1 + controle (sem presença do herbicida); E no terceiro experimento foram testadas as doses 42 g ha-1 + controle (sem presença do herbicida). As espécies Arachis pintoi, Canavalia ensiformis, Cajanus cajan e Crotalaria juncea apresentaram tolerância ao herbicida diclosulam nas doses testadas, sendo as espécies Canavalia ensiformis, Cajanus cajan e Crotalaria juncea eficientes na dissipação/degradação dessas moléculas no solo, posto que as duas últimas espécies foram as que apresentaram maior efeito remediador. Utilizando o herbicida radiomarcado com 14C em sua estrutura molecular, pôde-se inferir através do balanço de massa e observação das radioimagens das espécies Crotalaria juncea e Cajanus cajan que a ação fitorremediadora exercida por essas espécies é, provavelmente, através da fitoestimulação. Ademais, existe uma barreira anatômica/metabólica de translocação do diclosulam no coleto dessas espécies, o que lhes confere tolerância à essa molécula herbicida.