Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oyan, Fernanda Faganello Neme |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64135/tde-08102019-161222/
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Resumo: |
A monocultura na produção de alimentos vem mudando o cenário do sistema de cultivo e, consequentemente, alterando o equilíbrio do ecossistema. Esse desequilíbrio acarreta no aparecimento de agentes patógenos que necessitam de produtos fitossanitários para combatê-los. Nas culturas de morango e feijão, por exemplo, as doenças de maior incidência são aquelas causadas por fungos. Entretanto, apesar de ser incontestável a produtividade, a qualidade, a durabilidade e aparência dos alimentos que fazem uso dos agrotóxicos, a contaminação do produto final bem como os danos ao meio ambiente têm sido alvo de constante preocupação. Nas culturas de morango e feijão, o principal resíduo encontrado no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA) é o carbendazim. O tiofanato metílico, que é o fungicida aplicado nos morangueiros, é precursor do carbendazim, seu agente fungitóxico e por isso seus resíduos são expressos em carbendazim. Ambos os fungicidas citados são fungicidas sistêmicos, ou seja, são absorvidos e translocados pela planta. Determinar de maneira precisa como ocorre essa translocação de modo que sejam encontrados resíduos de agrotóxicos em flores e frutos é complexo. Assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a absorção e a translocação do fungicida carbendazim nas plantas de morango e feijão, a fim de verificar o comportamento deste agrotóxico e a presença, ou não, nos frutos, sementes e flores. Os estudos de absorção e translocação foram realizados através da aplicação de 14C-carbendazim. Nos períodos de 3, 6, 12, 24, 48, 72 horas após a aplicação (HAA) e períodos esperados para floração (feijoeiro) e floração e frutificação (morangueiro), as folhas que receberam o tratamento foram lavadas a fim de quantificar o total absorvido. Após a secagem por 48 horas e autorradiografia, as plantas foram divididas em seis ou oito partes, no caso do morangueiro (folha tratada, pecíolo da folha tratada, demais folhas, pecíolo das folhas, raiz, coroa, flor e fruto quando existentes) e em oito ou nove partes, para o feijoeiro (folha tratada, pecíolo da folha tratada, folhas pares, folhas acima da folha tratada, folhas abaixo da folha tratada, pecíolo, caule, raiz e flores, quando existentes). Cada parte foi oxidada e a radioatividade foi quantificada por espectrometria de cintilação liquida. Quanto à absorção, não houve diferença significativa da taxa entre as culturas, contudo o morangueiro apresentou linearidade até 72HAA enquanto que o feijoeiro, apenas até 24HAA. Já a translocação total não apresentou valores significativos, sendo a taxa mais alta de 6,39% em morangueiro após 12 horas de aplicação. Conclui-se que o produto é absorvido pelas plantas, mas permanece praticamente somente nas folhas onde foi aplicado |