Avaliação do comprometimento da função do endotélio em pacientes com hipertensão arterial pulmonar idiopática e em esquistossomóticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Lapa, Monica Silveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5150/tde-22022010-172111/
Resumo: INTRODUÇÃO: Existem várias doenças que evoluem com hipertensão pulmonar (HP), entre elas a Hipertensão Arterial Pulmonar Idiopática (HAPI) e a Esquistossomose. Acredita-se que um dos principais fatores desencadeantes da HP esteja relacionado com a disfunção endotelial. OBJETIVOS: 1. Avaliar a disfunção endotelial de pacientes com HAPI e esquistossomóticos com e sem HAP usando os marcadores plasmáticos Endotelina-1, Selectina E, VEGF, PDGFAB e PDGF-BB; 2.Avaliar se pacientes com HAP associada à esquistossomose possuem o mesmo grau de disfunção endotelial que pacientes com esquistossomose sem HAP. METODOLOGIA: Foram formados 4 grupos distintos: Controle (n=13), HAPI (n=11), pacientes com esquistossomose e HP (ESQ+HP) (n=13) e pacientes com esquistossomose sem HP (ESQ)(n=13). Os pacientes foram submetidos a avaliação clínica (caracterizados quanto a gravidade), funcional (realizaram ecocardiograma com medida de pressão sistólica de ventrículo direito, ultrassonografia abdominal quando indicada e exames para excluir outras doenças) e laboratorial (entre eles, contagem de leucócitos, plaquetas e dosagem de BNP). A avaliação hemodinâmica foi realizada nos pacientes com HP. Para a análise da disfunção endotelial, foram coletados 40 mL de sangue de todos os indivíduos para a dosagem de Endotelina-1, Selectina E, VEGF, PDGF-AB e PDGF-BB. RESULTADOS: Observou-se que os grupos não se diferiram quanto a idade, houve um predomínio do sexo feminino e os grupos controle e ESQ apresentaram valores de PSVD menores do que os grupos com HP (controles: 23,4±4,6, ESQ: 29,5±8,5, HAPI: 79,8±26,4 e ESQ+HP: 75,2±15,3 mmHg). As medidas hemodinâmicas foram semelhantes em ambos os grupos com HAP. Quanto aos marcadores da função endotelial, o grupo controle apresentou valores séricos de PDGF-BB mais aumentados (8,9±4,8x 103 pg/mL, p<0,001) que os grupos HAPI, ESQ+HP, ESQ (3,7±2,1; 5,2±3 ; 2,4±1,7 x 103 pg/mL, respectivamente). O grupo HAPI apresentou valores mais elevados de Selectina E (61,5±24,2 x 103 pg/mL) que os grupos controle, ESQ+HP e ESQ (14,5±12,2; 23,9±15,3; 21,4±18 x 103 pg/mL, respectivamente, p=0,005). Os valores séricos de PDGF-AB do grupo controle foram mais elevados que no grupo ESQ (p=0,006). Não foram encontradas diferenças significantes nos valores séricos de Endotelina-1 entre os grupos (p=0,281). Em relação ao VEGF, os pacientes com HAPI apresentaram valores séricos similares ao grupo ESQ+HP e mais elevados que o grupo controle e ESQ (p=0,002). O ponto de corte da dosagem da selectina E (43.806 pg/mL) para diferenciar pacientes com HAPI dos pacientes com ESQ+HP apresentou uma sensibilidade de 91% e a especificidade de 89%. O PDGF-BB apresentou uma boa acurácia para distinguir o grupo controle dos demais, com uma sensibilidade de 77% e uma especificidade de 83%. Além disso, a Selectina E apresentou uma forte correlação com o níveis séricos de BNP (r=0,74, p=0,006). O número de leucócitos e de plaquetas foram diferentes entre os três grupos do estudo. Pacientes com HAPI tinham maior número de leucócitos e plaquetas quando comparados com esquistossomóticos. CONCLUSÕES: 1.Pacientes com HAPI apresentaram valores séricos mais elevados de Selectina E do que pacientes com esquistossomose e controles; 2.Pacientes portadores de esquistossomose com e sem HP apresentaram os mesmos valores séricos dos marcadores de disfunção endotelial