Da casa à escola: contribuições para a qualificação do espaço livre público a partir dos trajetos realizados pelas crianças.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Godoy, María Fernanda Arias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-20072023-184019/
Resumo: Esta dissertação analisa os trajetos realizados pelas crianças na região central da cidade de São Paulo, com o intuito de refletir sobre como as cidades podem oferecer espaços necessários e segurança para a locomoção e a interação das crianças dentro de seus bairros, para o encontro entre elas e com a comunidade em geral. O objetivo geral da pesquisa é contribuir à qualificação dos espaços livres públicos no entorno das escolas a partir da análise dos trajetos realizados pelas crianças, principalmente da casa à escola; tendo como objeto de estudo a relação das crianças com a cidade no território de Bela Vista Centro, a partir das suas mobilidades, percepções e agentes envolvidos. O desenvolvimento da pesquisa foi estruturado em três partes, compostas por cinco capítulos, que realizam contextualização teórica da criança como sujeito e sua relação com a cidade, focando na circulação, permanência e aprendizado nos espaços livres públicos; aplicam análises técnicos e métodos de escuta com crianças e suas cuidadoras(es) para o entendimento das variáveis dentro do território que se constituem no trajeto casa-escola; e identificam conflitos, tensões e potencialidades que inibem ou poderiam promover a apropriação do espaço livre público no entorno das escolas, visando sua qualificação. O percurso realizado ao longo da pesquisa propõe que a invisibilidade da ação das crianças, o medo das cuidadoras(es) na cidade e a falta de espaços para experiências inspiradoras são alguns dos conflitos e tensões que impedem a fruição da cidade pelas crianças. Ao mesmo tempo, aponta-se que reconhecer a escola como centralidade, transformar o espaço físico dos entornos escolares, assumir o projeto como processo continuando, buscar a intersetorialidade nas ações e dialogar com o encantamento das crianças podem ser algumas formas de contribuir para a qualificação dos espaços livres públicos nos entornos escolares, gerando insumos e discussões para possíveis políticas que fariam da cidade um lugar sensível a presença e ação social das crianças.