Reatividade, temperatura corporal e taxa de concepção em fêmeas da raça Nelore submetidas à inseminação artificial em tempo fixo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Jimenez Filho, Diego Lobon
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-08042013-111211/
Resumo: O objetivo deste estudo foi avaliar as respostas comportamentais e fisiológicas, em novilhas e vacas Nelore, submetidas à protocolo de inseminação artificial em tempo fixo (IATF) de três manejos. Foram utilizadas 426 fêmeas bovinas nulíparas, primíparas e multíparas, com 30 à 90 dias de período pós-parto. O estudo decorreu entre os meses de novembro de 2011 e março de 2012, durante a estação reprodutiva. As variáveis registradas foram: velocidade de fuga (VS) em metros por segundo (m/s) e através de escores; escore de movimentação, respiração, coices e mugidos, no brete de contenção, para determinação do escore composto de reatividade (ECR); temperatura do ar, umidade do ar e temperatura do globo negro à sombra, para cálculo do índice de temperatura de globo negro e umidade (ITGU); escore de condição corporal (ECC); temperatura retal (TR); e diagnóstico de gestação (DG). O ECC, escore de VS e ECR foram analisados por testes não paramétricos. Os dados de ITGU, VS em m/s-1, TR e DG, foram submetidos à análise de variância e teste de Tukey. Correlação de Pearson foi empregada entre VS em m/s-1 e VS por escore e a correlação de Spearman para escore de VS e ECR. As médias de ITGU foram maiores para o período da tarde (P<0,05). Não houve diferença entre os três dias de manejo para VS em m/s-1 ou em escore (P>0,05). No segundo e terceiro manejo, houve alta correlação entre VS em m/s-1 e em escore (P<0,0001). Houve aumento do ECR do primeiro para o segundo dia de manejo, com estabilização do segundo para o terceiro (P<0,05). Novilhas foram mais reativas que as vacas no dia da inseminação artificial (P<0,0001). O ITGU influenciou na reatividade, sendo que, quanto maior o ITGU, maior foi o ECR (P<0,05). Também houve correlação positiva entre escore de VS e ECR (P<0,003). Novilhas apresentaram melhor ECC que as vacas (P<0,0012). O ITGU também influenciou a TR (P<0,01). Quanto maior o ITGU maior foi a TR dos animais. Novilhas apresentaram maiores TR que as vacas (P<0,01). O ECR não teve efeito sobre a TR (P=0,5550). Não houve efeito dos lotes, categoria animal, ECC, ITGU, TR, ECR e VS em escore, sobre a taxa de concepção de vacas e novilhas. Conclui-se que a reatividade pode ser influenciada pelo manejo, idade do animal e pelo conforto térmico. Nas condições que este experimento foi realizado, a taxa de concepção não foi influenciada pela condição corporal, ITGU no momento da inseminação artificial, reatividade e nem pelo escore de velocidade de fuga.