Taxa de prenhez de vacas leiteiras em programa de inseminação artificial em tempo fixo com e sem triagem ginecológica ultrassonográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Grillo, Gustavo Fernandes lattes
Orientador(a): Mello, Marco Roberto Bourg de lattes
Banca de defesa: Nogueira, Luiz Altamiro Garcia, Jesus, Vera Lúcia Teixeira de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária (Patologia e Ciências Clínicas)
Departamento: Instituto de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14217
Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar a importância da triagem ginecológica ultrassonográfica realizada previamente ao início do protocolo de sincronização da ovulação para realização da IATF. Para tanto, 120 vacas Girolandas, ao longo de duas estações reprodutivas (2013 e 2014), foram divididas em dois grupos: com triagem ginecológica (C/T; n=58) e sem triagem ginecológica (S/T; n=62). Os animais do grupo C/T passaram por exame ultrassonográfico imediatamente antes da sincronização da ovulação. Na triagem foram consideradas a ciclicidade (presença ou ausência de corpo lúteo - CL) e o diâmetro do maior folículo (FL) no momento da avaliação. As fêmeas que apresentaram CL ou FL com diâmetro ≥10 mm, em um dos ovários, foram sincronizadas com o protocolo I – “OvSynch” (OV; n=41), que consistiu na aplicação de 0,025 mg acetato de buserelina (GnRH) no primeiro dia do protocolo considerado D0; 0,15 mg d-Cloprostenol (PGF2α) em D7 e 0,025 mg acetato de buserelina (GnRH) em D9 com IATF 24 horas após esta última aplicação. Quando nenhuma das estruturas foi diagnosticada ou então somente FL com diâmetro <10 mm em um dos ovários, foi utilizado o protocolo II – “OvSynch” + Progesterona (OP4; n=10) ou III – “OvSynch” + P4 + LH (OP4LH; n=7), aleatoriamente. Ambos protocolos (II e III) seguiram as mesmas dosagens do “OvSynch” (Protocolo I) mas associado à introdução de dispositivo intravaginal de primeiro uso contendo 1g de progesterona em D0 e retirada em D7. Para o grupo III, o LH foi utilizado como indutor da ovulação, com aplicação de 25 mg em D9. As fêmeas do grupo sem triagem (S/T; n=62) foram divididas aleatoriamente nos três protocolos acima descritos: protocolo I- Ov (n=21), II- OvP4 (n=21) e III – OvP4LH (n=20). Foi realizado diagnóstico de gestação por ultrassonografia transretal 45 dias após a IATF, sendo que os animais vazios foram reinseminados a medida que apresentassem cio. Os parâmetros taxa de Prenhez (IATF) e taxa de prenhez total (IATF + cio de retorno) foram analisados pelos testes Chi-Quadrado ou Exato de Fisher com nível de significância de 5%. Houve diferença (p<0.05) estatística entre as taxas de prenhez das estações de 2013 (20%) e 2014 (40%), então os resultados foram analisados separadamente. Em 2013 não houve diferença estatística entre as taxas de prenhez dos protocolos dentro e entre os grupos mas a taxa de prenhez foi superior (p<0.05) no protocolo OvP4 em relação ao OvP4LH dentro e entre os grupos. Em 2014, no grupo S/T, a taxa de prenhez do protocolo OVP4 foi superior (p<0.05) em relação aos protocolos OV e OVP4LH (80%, 30% e 12,5%, respectivamente) e não houve diferença entre os dois últimos. Não houve diferença (p>0.05) entre os protocolos do grupo C/T. Em 2014, o protocolo I (C/T) foi superior ao III (S/T) assim como o I e II (S/T) ao III (C/T) (p<0.05). Analisando a taxa de prenhez total, o protocolo II (C/T) foi superior ao III (C/T), e o II (S/T) ao I e III (C/T e S/T) (p<0.05). Conclui-se desta forma que o uso da triagem ginecológica prévia em programas reprodutivos para criar diferentes categorias melhora a eficiência da IATF, além de ser uma ferramenta de grande valor para diagnóstico de gestação e rápida tomada de decisão para os técnicos a campo.