Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Melo, Sandra Soares |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9132/tde-07032023-103331/
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Resumo: |
As mutações no gene da enzima metilenotetrahidrofolato redutase (MTHFR) têm sido associadas a hiperhomocisteinemia e possivelmente ao risco elevado para doenças vasculares. O objetivo deste trabalho foi verificar a ocorrência de hiperhomocisteinemia em pacientes diabéticos do tipo 2 e avaliar o efeito da suplementação com ácido fólico sobre as concentrações plasmáticas de homocisteína, nos diferentes genótipos da MTHFR. Participaram do estudo de caracterização genotípica 150 pacientes diabéticos do tipo 2 (mediana de idade 58,08 anos, 56% do sexo feminino e 44% do sexo masculino) assistidos pelo Programa de Diabetes e Hipertensão - Balneário Camboriú/SC. Destes 150 pacientes, 83 receberam suplementos contendo 1 mg/dia de ácido fólico, durante 3 meses. O DNA foi extraído de leucócitos e as mutações C677T, A1298C e G1793A foram detectadas por PCR-RFLP (Reação em cadeia da polimerase – Polimorfismo de tamanho nos fragmentos de restrição). Coletas de sangue, após jejum de 12 horas, foram realizadas nos indivíduos diabéticos em dois momentos: basal e após a suplementação. A homocisteína foi determinada por HPLC e o ácido fólico e a vitamina 8 12 por radioimunoensaio. As freqüências alélicas para as mutações C677T, A1298C e G1793A foram 3,4%, 26% e 3,3%, respectivamente. Não foram detectados os genótipos homozigotos com alelos mutantes para os polimorfismos C677T e G1793A. A hiperhomocisteinemia (>14µmol/L) foi diagnosticada em 27,71% dos pacientes, a deficiência de ácido fólico em 15,66% e a deficiência de vitamina B12 em 7,23%. As concentrações plasmáticas basais de homocisteína foram inversamente correlacionadas às concentrações de ácido fólico (r= -27, p=0,01) e de vitamina B12 (r= -0,21; p=0,05). A mediana das concentrações plasmáticas basais de homocisteína (10,98 µmoL), da totalidade dos indivíduos estudados, foi reduzida significativamente (p<0,0001) após a suplementação com ácido fólico (7,67 µmol/L). As concentrações plasmáticas basais de ácido fólico e vitamina B12 elevaram-se significativamente (p<0,0001) após a suplementação com ácido fólico (6,80 x 23,32 ng/mL e 570,85 x 929,94 pg/mL, respectivamente). Os indivíduos com genótipo heterozigoto para a mutação C677T apresentaram maior propensão à elevação das concentrações de homocisteína no plasma (12,18 µmol/L) comparados aos indivíduos com genótipo normal (10,90 µmol/L). Conclui-se que a hiperhomocisteinemia apresentada por indivíduos diabéticos tipo 2 com diferentes genótipos para as mutações no gene da MTHFR pode ser modificada eficientemente pela suplementação diária com ácido fólico. |