Alimentação institucionalizada e o risco de desnutrição: discursos de moradores de casas geriátricas do município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Santelle, Odete
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-17032022-174827/
Resumo: Objetivo. O envelhecimento populacional aponta para uma maior demanda por instituições de longa permanência para idosos (ILPS), sendo necessário investir na qualidade de atenção oferecida nesses locais. Pesquisou-se uma população de moradores de asilos em São Paulo, SP, Brasil, objetivando analisar representações sociais sobre alimentação e sua influência no comportamento alimentar e no estado nutricional dos idosos. Método. Trabalhou-se em cinco instituições cadastradas na Secretaria Estadual de Assistência Social de São Paulo. Selecionou-se 20 idosos em risco de desnutrição e 20 idosos sem risco de desnutrição, não demenciados. Aplicou-se questionário semi-estruturado com gravação em fita magnética. Os dados foram analisados pela técnica do discurso do sujeito coletivo. Resultados. Encontrou- se que a alimentação é apreciada quando tem o tempero no ponto e atende preferências culturais. Identificados como fatores impeditivos para boa nutrição: a alimentação rotineira e sem criatividade; insuficiência de vitaminas e minerais de frutas e hortaliças; problemas de saúde; redução do apetite; falta de atenção; falta de adaptação à alimentação. Os idosos percebem a alimentação equilibrada relacionada à melhor saúde e qualidade de vida. Os idosos desnutridos são mais exigentes com a qualidade da alimentação e mostram-se indiferentes à interação social. Idosos sem risco de desnutrição apreciam a interação social são mais adaptados à rotina, porém têm expectativas quanto a uma alimentação melhor elaborada. Conclusão. Representações sociais sobre alimentação interferem no comportamento alimentar do idoso institucionalizado. Recomenda-se novos estudos sobre o tema em questão. Recomenda-se aos administradores de ILPS estratégias para reduzir riscos de desnutrição ocasionados por fatores psico-sociais.