Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2003 |
Autor(a) principal: |
Favero, Maria Emília |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-09052022-152319/
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Resumo: |
A desnutrição protéico-energética (DPE) é a causa mundial mais comum de desnutrição. Geralmente, é encontrada em crianças, idosos, pacientes com neoplasia e doenças crônicas ou pacientes submetidos a quimioterapia e nutrição parenteral, ou ainda em pacientes sob dieta radical. A DPE modifica a resposta imune específica e inespecífica, e desta forma a associação entre doença e DPE é freqüente. Alguns estudos indicam que a desnutrição grave produz vários efeitos celulares, como redução ou perda da capacidade de proliferação, em vários órgãos. Como conseqüência da constante e elevada demanda de proteína pelo tecido hemopoético, este pode apresentar alterações qualitativas e quantitativas em condições de desnutrição protéica. A hemopoese é um processo altamente regulado em vários níveis, destacando-se a participação do microambiente hemopoético (MH). Neste trabalho, avaliamos as alterações da matriz extracelular (MEC) da medula óssea de camundongos submetidos à desnutrição protéica. Camundongos Swiss, 2 a 3 meses de idade, foram colocados em gaiolas metabólicas individuais e receberam dieta controle por 14 dias. Após este período de adaptação, foram separados em dois grupos, ao quais receberam ração controle (20% de proteína) ou ração hipoprotéica (4% de proteína) e água ad libitum. Exceto pelo conteúdo protéico, as duas rações foram idênticas e isocalóricas. Os experimentos foram realizados quando os animais do grupo desnutrido atingiram perda de 20 a 25% do peso corporal inicial. As amostras de sangue foram coletadas por punção cardíaca e simultaneamente, células da medula óssea e cortes histológicos de esternos foram obtidos para a realização de análises histológicas, imunohistoquímicas e ultra-estruturais. Observamos aumento na expressão de fibronectina e laminina na medula óssea de camundongos desnutridos, particularmente na região endosteal. Ultra-estruturalmente, observamos rarefação celular, com aumento do espaço intercelular e de MEC. Também observamos alterações na distribuição de proteoglicanos. Estas alterações microambientais relacionadas à composição da MEC e à organização da medula óssea podem estar modificando a fisiologia da célula tronco e contribuindo para a instalação da hipotrofia medular e, ao menos em parte, sendo responsáveis pela suscetibilidade às infecções. |