GH: sua administração e os caminhos envolvidos na resposta imune e na cardioproteção durante a Doença de Chagas experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Balbierato, Luis Marcio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-20092021-195254/
Resumo: A doença de Chagas é uma das doenças negligenciadas mais importantes da América Latina, chegando a aproximadamente 8 milhões de infectados em todo mundo. Embora os mecanismos imunológicos que conferem a proteção ou promovem a formação das lesões cardíacas durante a infecção por Trypanosoma cruzi ainda não estejam completamente esclarecidos, estudos evidenciam que a cardiopatia chagásica crônica apresenta pior prognóstico sendo consequência de uma resposta imune exacerbada. Dentre as inúmeras patologias causadas durante a fase crônica, o sistema cardíaco parece ter maior importância. Alguns estudos sugerem um importante papel do hormônio do crescimento (GH - Growth Hormone) na regulação da função cardíaca e na modulação do sistema imunológico. Diante disso, esse projeto teve como objetivo avaliar o possível efeito imunomodulador, durante a fase crônica da doença de Chagas experimental. Como modelo experimental utilizou-se ratos Wistar Hanover machos infectados com a cepa Y de T. cruzi. Para isto, diferentes parâmetros foram avaliados: imunológicos (Dosagem de citocinas, IFN-γ, IL10, IL-2, IL-17 por ELISA) e População celulares por citometria de fluxo. Foi notado uma diminuição significativa nas populações celulares T CD8+, NK e NKT, assim como o aumento da população de linfócitos T reguladores (CD3+ CD4+ Foxp3). Nossos dados sugerem um papel importante do hormônio GH na modulação de resposta inflamatória na fase crônica da Doença de Chagas experimental, uma vez que a frequência de populações celulares, como os linfócitos T CD8+, células NK e NKT foram moduladas negativamente pelo tratamento hormonal, enquanto que a porcentagem de linfócitos T reguladores (CD3+ CD4+ Foxp3+) foram promovidos. O conjunto dos dados gerados, nos leva a sugerir atuação benéfica do GH na regulação de resposta inflamatória exacerbada.