Grelina: avaliação da atividade imunomoduladora e cardioprotetora na fase crônica da Doença de Chagas experimental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lessa, Diego Fernando Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60135/tde-27102021-111820/
Resumo: A Doença de Chagas permanece ainda como grave problema de saúde pública, e o tratamento com o benzonidazol (N-benzil-2-nitroimidazol-acetamida), única medicação disponível no Brasil para o tratamento tripanocida, têm demonstrado melhores resultados nas fases iniciais do envolvimento cardíaco, não alterando desfecho em pacientes com doença cardíaca bem estabelecida. Dentre os mecanismos mais aceitos para explicar a fisiopatologia da lesão cardíaca, a reação inflamatória desencadeada pela presença do parasita no tecido têm tido maior importância na produção dessas lesões. A Grelina têm demonstrado ação cardioprotetora e anti-inflamatória em diversas condições experimentais, porém até o presente estudo, não foi testada na fase crônica da Doença de Chagas. 36 ratos Wistars foram randomizados em 6 grupos (C: controle, CG: controle tratado com grelina, I: infectado, IG: infectado tratado com grelina, IB: infectado tratado com benzonidazol, IGB: infectado tratado com grelina e benzonidazol) em que o efeito da aplicação da grelina isolada e associada ao benzonidazol foi avaliada no curso de 150 dias de infecção realizada intraperitonealmente com 2 x 105 formas sanguícolas da cepa Y de T. cruzi. Para isso, avaliamos a função cardíaca através da ecocardiografia antes e após o tratamento (120 e 150 dias), biomarcadores de lesão e congestão (Troponina I e T, NT-pro-BNP), histopatologia e PCR cardíacos. Avaliação da apoptose em esplenócitos, dosagem de citocinas pró inflamatórias e moduladoras, análise fenotípica das populações celulares de linfócitos (TCD4+, TCD8+ e NK) foram realizadas para estudo da resposta imune e possível modulação com os tratamentos utilizados. Não foram detectadas alterações morfológicas e funcionais que indicassem lesão cardíaca nos grupos infectados, à despeito da detecção do parasita no tecido cardíaco pelo PCR. Os grupos tratados com grelina demonstraram importante redução da apoptose em esplenócitos, além de redução no percentual de células NK e NKT.