Efeito aditivo do transplante de células-troncos adultas sobre a perfusão cardíaca pós-infarto em porcos tratados com beta-bloqueador e inibidor da enzima conversora de angiotensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Dariolli, Rafael
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-12062015-091721/
Resumo: Os efeitos benéficos associados à injeção intramiocárdica de células-tronco adultas, obtidos em roedores, não tem sido reproduzidos de modo consistente em modelos animais de grande porte e seres humanos. Neste trabalho testamos a hipótese que o transplante de células-tronco mesenquimais derivadas do tecido adiposo de porcos (pASC) aumenta a perfusão tecidual cardíaca em animais infartados e humanizados pelo tratamento com um inibidor da enzima conversora de angiotensina (iECA) e um ?-bloqueador. Os animais foram submetidos a oclusão da artéria coronária circunflexa esquerda (ACX) e 4 semanas após o IM, 4 grupos foram randomizados para receber injeção intramiocárdica de pASC nas doses de 1, 2 ou 4x10^6 pASC/Kg de massa corporal ou placebo. A análise de perfusão miocárdica foi realizada através da ecocardiografia com perfusão miocárdica em tempo real (ECMTR) utilizando contraste de microbolhas comercialmente disponível antes da injeção de pASC e 4 semanas após o tratamento com as células. Avaliações anatomopatológicas foram realizadas para medir a área de IM e o remodelamento de VE. Oito semanas após o IM, os porcos tratados com a maior dose de pASC mostraram um aumento significativo do fluxo sanguíneo do miocárdio, tanto em áreas remotas (3,9 vezes) como na área de borda do infarto (3,7 vezes) vs. os outros grupos estudados. Neste mesmo grupo, um aumento significativo no número de vasos (cerca de 54 e 56%, área remota e de borda respectivamente) foi observado (p> 0,05 vs. outros grupos). Curiosamente, a área de tecido não perfundido foi menor (em até 38%), enquanto que a razão de afinamento da parede (25%) e a percentagem de fibras de colágeno imaturas (verde/finas) foram maiores no grupo 4 que recebeu 4x10^6 pASC/Kg em comparação com os demais. Além disso, a dose mais elevada de pASCs alogênicas testadas não induziu um aumento da resposta inflamatória celular no VE. Deste modo, os resultados mostram que a injeção intramiocárdica de pASCs alogênicas pós-IM promove aumento da perfusão miocárdica e no número de vaso sanguíneos no VE na ausência de resposta inflamatória celular que podem contribuir para atenuar o remodelamento cardíaco adverso de VE 2 meses após o IM na presença de terapêutica farmacológica padrão