Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Nathalia Corrêa de Almeida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5166/tde-07012020-163002/
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Resumo: |
O suprimento inadequado do fluxo sanguíneo para o tecido cardíaco e a morte de cardiomiócitos são eventos importantes na deterioração cardíaca pós-infarto do miocardio (IAM), que associados a baixa capacidade regenerativa dos cardiomiócitos contribuem com as altas estatísticas de morbi-mortalidade associada às doencas cardiovasculares em todo o mundo. O transplante de células estromais do tecido adiposo adulto (ASC) pós-IAM resulta em melhoras estruturais e funcionais decorrentes da diminuição de apoptose em cardiomiócitos, aumento da densidade vascular e redução/modificação da fibrose e da cicatriz. Entretanto, a baixa eficiência da retenção das ASCs transplantadas e a incapacidade de geração de novos cardiomiócitos limitam o efeito das ASCs na regeneração cardíaca, mas ainda assim as ações paracrinas contribuem para a reparação do órgão. Os efetores dessa resposta não foram elucidados e por isso, testamos a hipótese de que exossomos derivados de ASCs contribuem para os efeitos cardioprotetores do transplante de células mesenquimais. Utilizamos as células alvo cardíacas sob condições que mimetizam o microambiente do tecido isquêmico para verificar a hipótese e por fim a validamos no organismo inteiro no modelo de infarto experimental em ratos. Os exossomos derivados de ASC influenciaram processos chave na reparação cardíaca, promoveram a proliferação de cardiomiócitos neonatais (CM) submetidos à hipóxia, além de induz proliferação e potencializar a formação de tubos de células endoteliais microvasculares cardíacas sob normóxia (CMEC). Também modularam o fenótipo de fibroblastos cardíacos submetidos à hipóxia, induzindo redução na proliferação e atenuação da diferenciação de fibroblastos em miofibroblastos, bem como diminuiu a expressão de colágeno do tipo I e III. Além disto, induziram a diferenciação de macrófagos derivados de medula óssea e o meio condicionado desses macrófagos diferenciados promoveram proliferação nos cardiomiócitos neonatais. Finalmente, validamos o potencial reparativo dos exossomos de ASC in vivo para avaliar o potencial de modular a reparação cardíaca em ratos pós-IAM e observamos inibição da apoptose em cardiomiócitos e espessamento da cicatriz que sugere que a mesma apresenta tecido viável indicando um remodelamento pós o IAM menos acentuado. A fim de entender qual o mecanismo por trás da cardioproteção mediada por exossomos, foi realizado um ensaio de microarranjo de miRNAs dos exossomos extraídos de ASC e utilizando uma abordagem in silico para enriquecimento, selecionamos os microRNAs das famílias miR-199a, miR-146b, miR-425 e miR196a como possíveis mediadores dos efeitos cardioprotetores para serem validados isoladamente e em conjunto futuramente. Em síntese, fornecemos evidências para o papel modulatório dos exossomos na proliferação de células cardíacas e endoteliais, na diferenciação de fibroblastos a miofibroblastos, e na diferenciação de macrófagos que são eventos importantes para o reparo cardíaco e que em muito recapitulam o observado em resposta ao enxerto de ASC. Os dados in vivo corroboram estes achados in vitro e suportam a hipótese de que os exossomos são efetores cardioprotetores da sinalização parácrina de ASC |