Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Côrtes, Rafael Sonoda
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Orientador(a): |
Olivares, Emerson Lopes
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Banca de defesa: |
Nascimento, José Hamilton Matheus,
Rocha, Fábio Fagundes da |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multicêntrico de Pós-Graduação em Ciências Fisiológicas
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Departamento: |
Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/14931
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Resumo: |
As doenças cardiovasculares, especialmente o infarto do miocárdio (IM), representam um dos principais desafios para medicina no mundo inteiro. Estudos recentes mostram que os pacientes que apresentam algum tipo de doença cardiovascular possuem maiores chances de desenvolverem depressão. Por outro lado, indivíduos saudáveis do ponto de vista cardiovascular, mas que desenvolveram depressão são mais suscetíveis a eventos cardíacos. Assim, considerando a falta de estudos experimentais e a relação bidirecional entre o IM e a depressão, estudamos o possível efeito da insuficiência cardíaca (IC) induzida pelo IM experimental por meio da oclusão permanente da artéria coronária esquerda no comportamento padrão de ratos Wistar. Para tanto, foram utilizados o Teste do Campo Aberto (TCA), o Teste do Labirinto em Cruz Elevado (LCE) e o Teste da Preferência pela Sacarose (TPS), para identificar possíveis sinais análogos à depressão e também à ansiedade de humanos, 3, 14, 35 e 63 dias após o IM. Para avaliar a influência do desequilíbrio autonômico cardíaco induzido pelo IM nas alterações comportamentais, foi realizado o estudo da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), nos mesmos dias. Finalmente, objetivando estudar a contribuição de possíveis alterações da transmissão serotonérgica nas alterações comportamentais e autonômicas, foi administrada fluoxetina (inibidor da recaptação de serotonina, 10 mg/kg) ou veículo, ambos por gavagem, em grupos infartados e sham, durante todo o protocolo. A expressão gênica de uma das enzimas precursoras da serotonina, triptofano hidroxilase tipo 2 (TPH2), também foi estudada por PCR em tempo real em todos os grupos. O grupo infartado mostrou sinais de depressão como diminuição da atividade exploratória e anedonia, que foram quase completamente inibidas pela fluoxetina. O grupo infartado mostrou alteração no tônus simpático cardíaco percebido pelo aumento das ondas de baixa freqüência na análise espectral, em relação ao sham. O tratamento com fluoxetina não alterou este parâmetro no grupo infartado. A expressão de TPH2 diminuiu no grupo infartado comparada ao sham e desta vez, o tratamento com fluoxetina normalizou este parâmetro. Baseado nos dados obtidos no presente estudo, concluímos que o IM experimental em ratos induz sinais de depressão, que são revertidos pelo tratamento com fluoxetina e que alterações no balanço autonômico cardíaco antecedem os distúrbios comportamentais, podendo assim, estar relacionado com o início dos sinais de depressão. |