Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Barros Filho, Antonio Carlos Leite de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-22082017-100236/
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Resumo: |
O hamster sírio é utilizado como modelo experimental que permite explorar aspectos fisiopatológicos e avaliar a resposta terapêutica em diversas cardiopatias, algumas delas não tão bem reproduzidas em ratos. A avaliação cardiológica inclui a observação de aspectos fisiológicos e hemodinâmicos, assim como a utilização de exames complementares para análise estrutural e funcional cardíaca in vivo. Dentre esses exames destaca-se a ecocardiografia, que possibilita a avaliação da estrutura e função com elevada acurácia. Uma das formas de análise da função sistólica é por meio do cálculo da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE), que leva em consideração os volumes estimados diastólico final e sistólico final do ventrículo esquerdo. Outro importante parâmetro de análise de função sistólica é a avaliação da deformação miocárdica. Os índices de deformação miocárdica podem ser obtidos utilizando o método de rastreamento de pontos. No entanto, até o presente momento, não existem dados a respeito de valores de referência a serem utilizados para a deformação miocárdica em hamsters. Diante disso, o presente estudo teve como objetivo definir a exequibilidade, os intervalos de referência e a variabilidade de parâmetros derivados da ecocardiografia convencional e da técnica de rastreamento de pontos em hamsters sírios adultos. Métodos: Foram incluídos no estudo 135 hamsters sírios fêmeas, anestesiados com ketamina/xilazina e submetidos à ecocardiografia em aparelho dedicado a pequenos animais, Vevo® 2100 utilizando transdutor linear de 30 MHz. Resultados: A exequibilidade da realização das medidas de ecocardiografia convencional foi superior a 93%. A análise da deformação endocárdica apresentou exequibilidade de 84% no eixo longo e, de 80% no eixo curto. A avaliação da deformação epicárdica nos eixos longo e curto apresentou baixa exequibilidade (42% e 62%, respectivamente). A FEVE pelo modo M, obtida no eixo longo, foi significativamente superior à obtida pelos métodos de área comprimento e de rastreamento de pontos (59,0±5,8; 53,8±4,7; 46,3±5,7; p<0,0001). Houve razoável correlação positiva da FEVE obtida pelos métodos de área comprimento e de rastreamento de pontos (r= +0,43; p<0,0001). A deformação longitudinal endocárdica global foi de -13,6(-7,5; -20,4)%, a deformação circunferencial endocárdica global foi de -20,5±3,1% e a deformação radial endocárdica global foi de +34,7±7,0%. A análise de regressão linear evidenciou influência da frequência cardíaca nos valores de deformação longitudinal e circunferencial, mas não da deformação radial (p=0,0003; p<0,0001 e p=0,83, respectivamente). Conclusões: Demonstrou-se que as medidas de ecocardiografia convencional e pelo método de rastreamento de pontos são exequíveis em hamsters. Foram definidos intervalos de referência para variáveis de ecocardiografia convencional e da deformação endocárdica global longitudinal, circunferencial e radial neste modelo experimental animal. |