Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Dias, Jéssica Mascaretti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-04092012-143126/
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Resumo: |
Introdução Os feijões comuns, da espécie Phaseolus vulgaris, são amplamente produzidos e consumidos no Brasil. As variedades, carioca e preto ganham destaque na região Sudeste do país. Encontra-se descrita na literatura a ação hipocolesterolemizante de algumas leguminosas, tais como, soja, tremoço e feijão caupi, que podem estar associados à redução do risco de doenças cardiovasculares. Objetivo Avaliar o potencial efeito da adição de farinhas de feijões carioca e preto (Phaseolus vulgaris) no metabolismo lipídico de hamsters alimentados com dieta contendo gordura saturada e colesterol. Métodos A produção das farinhas dos feijões envolveu as etapas de autoclavagem, congelamento, liofilização e moagem. As propriedades hipocolesterolemizantes destas farinhas foram avaliadas por meio de dois ensaios biológicos. Foram utilizados hamsters Golden Syrian, machos com 21 dias, pesando 60 ± 4g, que receberam as dietas experimentais ad libitum. No Ensaio A, os animais foram separados em 3 grupos, diferenciados pela dieta. Todas as dietas eram hipercolesterolemizantes [13.5 por cento de gordura de coco e 0.1 por cento colesterol] e tinham as mesmas quantidades de proteínas, carboidratos, fibras, vitaminas e minerais. O Grupo Controle (C) tinha como fonte protéica a caseína; no Grupo Feijão Carioca (FC) a farinha de feijão carioca representou 15 por cento do peso total da dieta e no Grupo Feijão Preto a farinha de feijão preto representou 15 por cento do peso total da dieta. No Ensaio B, os animais foram separados em três grupos novamente. Desta vez, a única diferença entre os grupos foi quanto a fonte protéica, para o grupo controle (C) somente caseína, para o grupo feijão carioca (FC), 67 por cento de feijão e 7,5 por cento de caseína e para o grupo feijão preto (FP), 62 por cento de feijão e 7,5 por cento de caseína. Nos dois ensaios, após 21 dias de experimento, foi realizada coleta de materiais biológicos (plasma, fígado e fezes). Resultados O processo de produção das farinhas de feijões cozidas liofilizadas não alterou a composição centesimal das matérias-primas. A análise de fibras alimentares revelou que não há diferenças entre os cultivares Pérola e Uirapuru. No Ensaio A, as concentrações de colesterol não HDL e HDL colesterol foram maiores nos grupos que receberam feijão de maneira significativa. Quanto aos demais parâmetros plasmáticos não foram observadas diferenças entre os grupos. No Ensaio B as concentrações plasmáticas de triglicerídeos foram maiores no grupo FP. As concentrações de HDL colesterol foram maiores nos grupos FP e FC, sendo estatisticamente significativa para o feijão carioca em relação ao grupo controle. As excreções fecais de ácidos biliares foram maiores no grupo FC e a de colesterol no grupo C. A determinação de lipídeos totais no fígado não revelou diferenças entre os grupos, dados que corroboraram com a análise do grau de esteatose nos fígados, a qual demonstrou desenvolvimento de acúmulo de lipídeos nos hepatócitos dos animais dos três grupos. O teste qui quadrado mostrou que as variáveis grau de esteatose e tipo de dieta, assim como tipo de dieta e grau de inflamação portal hepática são independentes. Já o grau de inflamação parenquimatosa hepática está associado ao tipo de dieta e o feijão carioca mostrou-se capaz de reduzir em 30 por cento o risco de desenvolver esteatoepatite severa. Conclusões Os feijões não foram capazes de proteger contra o aumento do colesterol total, triglicérides e colesterol não HDL no plasma, mas mesmo na presença de gordura saturada e colesterol na dieta, o feijão carioca foi capaz de aumentar a HDL, mostrando que o mecanismo de remoção do colesterol plasmático foi preservado. O feijão carioca mostrou-se eficaz na proteção contra a inflamação parenquimatosa hepática severa. |