Pelo direito de torcer: das torcidas gays aos movimentos de torcedores contrários ao machismo e à homofobia no futebol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Pinto, Mauricio Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100134/tde-12032018-205408/
Resumo: Em um contexto caracterizado pela exacerbação da masculinidade, no qual a homofobia e a misoginia são reiteradas e, muitas vezes, naturalizadas, com o propósito também de demarcar seres abjetos por não se adequarem a essa norma, o presente trabalho estuda a trajetória de grupos e de movimentos de torcedores cujos discursos e performance vão na contramão da ideia de que o futebol brasileiro é um jogo pra machos, reduto de homens cisgêneros e heterossexuais. Tal exercício tem como propósito analisar as ações de grupos, que por meio de sua ação política em diferentes períodos históricos, reivindicaram o direito de torcer pelas pessoas LGBT e mulheres, desestabilizando, assim, a norma regulatória baseada em um modelo de masculinidade hegemônica. Para isso, serão estudadas as torcidas gays do final da década de 1970, como a Coligay (torcida do Grêmio Foot Ball Porto Alegrense) e a Fla-Gay (torcida do Clube de Regatas Flamengo), que surgem em meio ao regime militar brasileiro, e os movimentos de torcedorxs contemporâneos contrários à homofobia e à misoginia no futebol brasileiro, que constroem a sua visibilidade principalmente por meio do site de rede social Facebook: Galo Queer (formada por torcedorxs do Clube Atlético Mineiro), Bambi Tricolor (que reúne torcedorxs do São Paulo Futebol Clube), Palmeiras Livre (coletivo de torcedorxs da Sociedade Esportiva Palmeiras) e Movimento Toda Poderosa Corinthiana (coletivo de torcedoras do Sport Club Corinthians Paulista)