Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Clemente, Rafael Willian
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Orientador(a): |
Miagusko, Edson
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Banca de defesa: |
Miagusko, Edson,
Teixeira, Rosana da Câmara,
Fernandes, Adriana dos Santos,
Perruso, Marco Antonio,
Vieira, Flávia Braga |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://rima.ufrrj.br/jspui/handle/20.500.14407/20214
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Resumo: |
O Clube de Regatas do Flamengo é uma instituição de relevância histórica da cultura esportiva no Brasil. Seja pela expressão dos seus títulos ou por ser um dos clubes de maior torcida, o rubro-negro se relaciona com as conjunturas sociais. Da complexa relação apaixonada de identidade clubística ou por uma descompromissada simpatia, sua torcida, espalhada pelo território nacional, ganhou o status na crônica esportiva de ser o seu principal troféu, seu patrimônio. Ela compõe um mosaico de vasta tessitura social e econômica e foi afetada desde os processos preparativos do Rio de Janeiro, para os grandes eventos esportivos (Copa do Mundo e Olimpíadas) até a inesperada crise sanitária do Covid-19. Em conjunto com esse grupo de pessoas, denominadas torcedores, está uma das principais paisagens da cidade do Rio de Janeiro, o estádio do Maracanã. Este trabalho se localiza nessa conjunção. Tem por objetivo indicar a atuação dos torcedores rubro-negros, com foco nas práticas de torcer no estádio do Maracanã, no contexto das transformações sócio-econômicas e urbanas do Rio de Janeiro no período pré-pós megaeventos (2014-2016). Para isso, trabalhamos com a incursão no campo de pesquisa à partir de uma etnografia do “estar lá”. Realizamos a observação dos dados com uma pesquisa em movimento, ou seja, estando próximo a torcedores e torcedoras, tanto partindo do estádio quanto, sendo ele, um fim último. Como recorte, determinamos torcedores e torcedoras não associados a agremiações e/ou grupos organizados. Ou seja, nas arquibancadas conhecidos como “povão”. Foi esse o grupo que serviu de base para analisar as histórias e memórias em torno do Maracanã e dos modos de torcer pela cidade ao longo desse tempo. Percebe-se então a ruptura de processos sociais e econômicos; a gentrificação, a proibição do uso pela barreira do dinheiro; mas também a ressignificação, reconstrução, de outros processos, pelos agentes torcedores nestes espaços reconfigurados pelas políticas neoliberais, que direcionam seus projetos para a otimização dos ganhos no rearranjo de espaços urbanos e os impactos da transformação de torcedores em consumidores. |