Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Almeida, Ivy Gonçalves de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-05062014-191545/
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Resumo: |
Quando acolhida institucionalmente, a criança é abruptamente separada de pessoas de referência e colocada em um ambiente estranho, com pessoas desconhecidas. A vivência inicial da criança na instituição, como é recebida/acolhida, influenciará a maneira como enfrentará essa situação, a construção de novas relações afetivas e a manutenção dos vínculos afetivos anteriormente estabelecidos. Na creche/educação infantil, o processo de recepção/acolhimento tem importância reconhecida. O mesmo não acontece no acolhimento institucional. Com base teórico-metodológica na Rede de Significações, objetivou-se investigar o processo de recepção e acolhimento de crianças com idades até 6 anos, desenvolvido por instituições de acolhimento, a partir da perspectiva de profissionais envolvidos no processo. Participaram quatro instituições de cidade de grande porte do interior do estado de São Paulo. Foram entrevistadas 26 pessoas: três coordenadoras; quatro psicólogas; quatro assistentes sociais; três pedagogos; sete educadoras; um apoiador técnico; quatro conselheiros tutelares. As entrevistas contaram com questões disparadoras, no contexto de uma conversa e os dados foram analisados qualitativamente. Os resultados indicam que investimentos vêm sendo feitos na formação dos profissionais. E que a maioria dos que participaram da pesquisa está envolvida com a causa da criança e/ou com as crianças em si. Foram relatadas algumas práticas e sugestões de melhoria para o processo de acolhimento inicial, que se mostraram sensíveis às necessidades e capacidades da criança. Porém, ainda é insuficiente para garantir um processo de acolhimento inicial respeitoso e acolhedor para com a criança e sua família. Concepções antigas impregnam as práticas e o imaginário das pessoas. Apesar dos avanços, guardadas as diferenças pessoais/institucionais, decisões são tomadas sem que a criança e família participem efetivamente e sem que sejam preparadas para lidar com as mudanças decorrentes. A criança é, simplesmente, pega e levada à instituição. Sob essas condições, é separada e/ou desapropriada de tudo o que lhe é significativo (pessoas e objetos significativos), frequentemente, sem que nada lhe seja dito sobre o que está acontecendo e o que acontecerá. Recepção e acolhimento da criança resumem-se a higienizá-la, alimentá-la e distraí-la, por vezes, a partir de procedimentos altamente invasivos (nudez, fotografia, banho, corte de cabelo e unhas, por exemplo). E a instituição de acolhimento ainda encontra dificuldades para assumir sua corresponsabilidade no trabalho de manutenção dos vínculos familiares e comunitários (demora para dar início às visitas, que são semanais, com uma hora de duração, em dia e horário comerciais e regras rígidas a serem seguidas). Percebe-se que reflexões que promovam a (re)significação da identidade da instituição de acolhimento e a desconstrução das concepções e preconceitos que perpassam a relação entre profissionais e famílias, bem como entre adultos e crianças precisam receber atenção especial e contínua nos espaços já existentes de formação, e em novos espaços que devem ser criados. Apenas assim será possível qualificar o processo de acolhimento inicial da criança. Espera-se que esta pesquisa fomente e subsidie discussões e construções coletivas que contribuam para qualificar os procedimentos atualmente utilizados, perante a urgente necessidade de serem desenvolvidas práticas que respeitem e protejam a criança e não a (re)vitimizem. |