Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Serra, Lia Silva Fonteles |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-28062021-195610/
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Resumo: |
O presente estudo discute as transformações do discurso pedagógico que levaram à construção de uma relação dilemática entre transmitir e aprender na contemporaneidade, tornando estes dois elementos, inerentes à dialética educativa, mutuamente excludentes. Essa relação se apresenta como efeito do discurso do capitalista, cujas marcas foram apontadas nesta pesquisa a partir do estudo de caso de uma peça do discurso pedagógico contemporâneo: a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) brasileira. Para isso, recorremos à análise categorial de conteúdo, destacando seis categorias a partir do texto analisado, em torno das quais desenvolvemos nossa discussão, demonstrando os caminhos sem saída em que se insere o texto ao deslizar para o discurso do capitalista. Em seguida, apontamos os desdobramentos dessa posição em educação e a consequente exclusão do sujeito da própria cena educativa. Nossa análise foi permeada pelo dispositivo teórico da psicanálise, que nos permitiu pensar a questão dos discursos enquanto posição no laço social e suas implicações para o fenômeno pesquisado. Trata-se, portanto, de uma pesquisa no campo da psicanálise e educação, cujo princípio é o de interferência de um campo no outro, não sendo nosso intuito a negação ou a substituição de afirmações, mas sim a interpelação das verdades trazidas pelo discurso circulante. Nosso estudo apontou que a BNCC traz em seu texto elementos que convergem para a dilemática transmitir-aprender, o que, portanto, marca um discurso que mais aliena que autoriza, que prescinde do sujeito na educação. |