Ocorrência e fatores ambientais associados à infecção por patógenos transmitidos por Rhipicephalus sanguineus em cães na cidade de Mossoró, Rio Grande do Norte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Nogueira, Larissa Leykman da Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Brasil
Centro de Ciências Agrárias - CCA
UFERSA
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Programa de Pós-Graduação em Ambiente, Tecnologia e Sociedade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://lattes.cnpq.br/0214861224426448
http://lattes.cnpq.br/2929284462670555
https://repositorio.ufersa.edu.br/handle/prefix/7844
Resumo: Os carrapatos da espécie Rhipicephalus sanguineus são responsáveis pela transmissão de inúmeros patógenos aos cães, como Ehrlichia canis, Anaplasma platys, Babesia vogeli e Hepatozoon canis. A infecção por esses parasitos depende não só da associação entre vetor e hospedeiro, como também de condições ambientais favoráveis ao seu ciclo de transmissão. Dessa forma, o objetivo desse trabalho foi avaliar a influência de fatores ambientais para a presença de R. sanguineus na infecção de cães por E. canis, A. platys, B. vogeli e H. canis. Para tanto, foram incluídos 120 cães atendidos em clínica particular do município de Mossoró/RN, dos quais foram colhidos quatro mililitros de sangue por venopunção jugular para extração de DNA e detecção molecular destes quatro parasitos. Foi realizada anamnese e exame físico de cada paciente, sendo avaliado parâmetros como coloração de mucosas, temperatura corporal, sinais de apatia, perda de peso e presença de ectoparasitas. Após a extração de DNA, as amostras foram quantificadas em espectrômetro e submetidas à PCR para detecção de gene de controle endógeno (β-actina de cão). Para amplificação de DNA de E. canis e A. platys foi empregada nested-PCR, enquanto a amplificação de B. vogeli e B. canis foi realizada por PCR convencional. Foram visitados os imóveis de todos os cães participantes do estudo, a fim de identificar características que favorecessem a presença do vetor R. sanguineus. Para verificar a associação das diferentes variáveis estudadas e a positividade para as doenças pesquisadas, os dados obtidos foram expressos em valores de frequência simples e porcentagem, e realizados testes de Qui-quadrado e exato de Fisher. O patógeno de maior prevalência no estudo foi E. canis (13,3%), seguido por A. platys (11,7%), H. canis (6%) e B. vogeli (6%). A análise de correspondência realizada entre a positividade de E. canis e as variáveis estudadas, demonstrou influência de fatores como histórico de carrapatos, não vacinação e não uso de medicações antiparasitárias. As principais características ambientais que correlacionadas com a infecção por E. canis foi a presença de árvores e jardins nas residências. O reconhecimento dessas características pode implicar na elaboração de estratégias mais eficazes de prevenção e controle, visto que atividades de manejo ambiental buscam diminuir a interação entre vetor e hospedeiro, e consequentemente, a exposição a doenças por eles transmitidas